Radu Lupu, pianista e compositor, “um dos grandes embaixadores da música clássica e da Romênia”, gravou com as mais prestigiadas orquestras internacionais e sob a direção de nomes como Daniel Barenboim, Herbert von Karajan, Carlo Maria Giulini e Lawrence Foster

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Pianista e compositor romeno

Em 1995 venceu um Grammy de melhor álbum instrumental do ano, por uma gravação de sonatas de Schubert, e um prêmio Edison pela gravação de “Kinderszenen, Kreisleriana and Humoresque”, de Schumann.

 

 

Radu Lupu (Galati, a 30 de novembro de 1945 – Lausanne, na Suíça, 17 de abril de 2022), pianista e compositor, “um dos grandes embaixadores da música clássica e da Romênia”, considerado um dos músicos mais eloquentes do final do século 20.

Radu Lupu nasceu em Galaţi (na Romênia), foi um pianista reconhecido por sua sonoridade aveludada e sua relação “metafísica” com o silêncio, e começou a aprender piano aos seis anos de idade. Sua ambição inicial de infância era se tornar um compositor em vez de um pianista, e, aos 12 anos, fez o seu primeiro recital público com boa parte do repertório composto por obras de sua autoria. Depois de estudar em Braşov e Bucareste, Lupu passou sete anos no Conservatório de Moscou, onde teve aulas com Maria Curcio, Heinrich e Stanislav Neuhaus.

Nascido em Galati, a 30 de novembro de 1945, Radu Lupu iniciou os estudos de piano aos 6 anos e aos 12 já tocada publicamente composições suas.

Estudou no conservatório de Bucareste e no conservatório Tchaikovski de Moscou e nos anos 1960 venceu três importantes competições internacionais de piano: Em 1966 a competição Van Cliburn, no Texas, Estados Unidos, em 1967 a competição George Enescu, em Bucareste, e em 1969 a competição de Leeds, no Reino Unido.

Antes de se formar em Moscou em 1969, Lupu já havia se estabelecido como um dos talentos mais promissores de sua geração. Ele recebeu diversos prêmios em vários festivais locais, como o Concurso Internacional de Piano Van Cliburn e o Concurso Internacional George Enescu. Logo após concluir a sua formação no piano, por volta dos 25 anos de idade, Radu Lupu passa a se apresentar em inúmeros concertos internacionais, vencendo o Leeds International Piano Competition, e estreando em Londres, com grande sucesso de crítica, ao interpretar a Sonata número 7, de Beethoven.

No início dos anos 1970, Radu Lupu assinou com a discográfica Decca, com a qual manteria uma ligação por duas décadas e pela qual gravou os concertos para piano de Beethoven, os concertos de Grieg e de Schumann e as sonatas completas de Mozart para violino e piano.

“Músico perfecionista e discreto”, que quase nunca dava entrevistas, como escreveu a agência France-Presse, Radu Lupu deixou de gravar em estúdio em meados dos anos 1990.

Ainda assim em 1995 venceu um Grammy de melhor álbum instrumental do ano, por uma gravação de sonatas de Schubert, e um prémio Edison pela gravação de “Kinderszenen, Kreisleriana and Humoresque”, de Schumann.

Radu Lupu gravou com as mais prestigiadas orquestras internacionais e sob a direção de nomes como Daniel Barenboim, Herbert von Karajan, Carlo Maria Giulini e Lawrence Foster.

Ao longo de sua carreira, Radu Lupu realizou importantes gravações de obras orquestrais e de câmara, com destaque para os concertos de Grieg e Schumann com a Sinfônica de Londres e o maestro André Previn; as sonatas para violino de Franck, Debussy e Ravel com a violinista Kyung-Wha Chung; os lieder de Schubert, com Barbara Hendricks; e os duetos de piano de Mozart e Schubert com seu amigo Murray Perahia.

Radu Lupu faleceu no domingo 17 de abril aos 76 anos em Lausanne, na Suíça, revelou o festival romeno George Enescu.

Na página oficial, o festival explica que Radu Lupu morreu em consequência de “múltiplas doenças prolongadas”.

Radu Lupu, que se tinha retirado dos palcos em 2019 por problemas de saúde, é lembrado como “um dos maiores pianistas do seu tempo”, pela “extraordinária capacidade de transformar a música em magia”, escreveu a organização do festival George Enescu no Twitter, recordando que, em 1967, lhe atribuiu o grande prêmio.

Radu Lupu, que atuou várias vezes em Portugal, “há muito que garantiu o seu lugar entre os maiores intérpretes de todos os tempos das obras de Beethoven, Brahms, Mozart, Schubert e Schumann”, afirmou a Fundação Calouste Gulbenkian na página oficial, recordando que o pianista foi presença regular nas temporadas de música.

(Créditos autorais: https://radios.ebc.com.br/caderno-de-musica/2022/05 – EBC/ Rádios/ Caderno de Música/ No AR em 08/05/2022)

(Créditos autorais: https://www.dn.pt/cultura – DIÁRIO DE NOTÍCIAS / CULTURA/ por DN/Lusa — 

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