Primeiro transplante de coração em um bebê com menos de dois anos.

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PROCEDIMENTO INÉDITO NO INSTITUTO DE CARDIOLOGIA
O Instituto de Cardiologia (IC) comemorou o êxito do seu primeiro transplante de coração em um bebê com menos de dois anos. O paciente foi o menino Matheus Bitencourt Lazaretti, de apenas 7 meses. Matheus, que nasceu com miocardiopatia hipertrófica, agora bate o coração de um doador de Caxias do Sul. Os pais, Cristina Barcelos Bitencourt, e Luís Carlos Lazaretti, comemoram o sucesso do procedimento.
A doença de Matheus provoca o aumento da espessura das paredes do coração, ocasionando obstrução na passagem de sangue do ventrículo esquerdo para a artéria aorta. A única alternativa de cura era o transplante. Matheus contou com muita sorte, ficou apenas 15 dias na fila de espera: um recorde brasileiro, até a chegada do coração de um bebê da Serra Gaúcha, com hidrocefalia, que não resistiu à cirurgia.
Em dezembro de 1967 o mundo assistiu ao primeiro transplante de coração. No Brasil, o procedimento ocorreu um ano depois. Devido ao grande número de rejeições, as cirurgias só foram retomadas na década de 80. O presidente do IC, Ivo Nesralla, destacou que as técnicas se aprimoraram. “O cardiologista foi à locomotiva no RS.” Apenas o IC e o Incor, de São Paulo, fazem transplantes em bebês e crianças no país. Transplantes pediátricos costumam ser mais complicados, devido aos cuidados pós-respiratórios e pelo fator emocional.

(Fonte: Correio do Povo – sexta-feira, 22 de dezembro de 2006 – Nº 83 – Ano 112 – GERAL – Pág; 6)

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