Primeiro brasileiro a emprestar o peito para uma experiência promissora.

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CIRURGIA PIONEIRA, UM BRASILEIRO RECEBE IMPLANTE DE CÉLULAS CAPAZES DE REATIVAR A CIRCULAÇÃO CARDÍACA.
Nélson Águia (1932- ), aposentado carioca. No dia 16 de dezembro de 2001, tornou-se o primeiro brasileiro a emprestar o peito para uma experiência promissora. Nélson é um sobrevivente de dois enfartes. Desde 1998, quando implantou pela segunda vez pontes de safena e mamária, sabe que o próximo susto pode ser o último.
Recebeu no coração um implante das chamadas células-tronco, retiradas de sua medula óssea. Essas estruturas têm o potencial de se transformar em qualquer tecido humano. Os médicos esperam que elas se multipliquem e construam vasos sanguíneos para irrigar o coração combalido.
Essa modalidade de implante é pioneira no mundo. Pela primeira vez é usado células-tronco para criar vasos nas áreas danificadas. O médico cirurgião responsável pelo método pioneiro, é o cardiologista Hans Fernando Dohmann, do Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro.
Na Holanda e na França, os médicos tentaram restaurar o coração com células-tronco encontradas na panturrilha dos pacientes. Previam que elas se transformariam em músculo cardíaco, mas os resultados foram insatisfatórios. Pesquisadores alemães tentam criar vasos sanguíneos ao despejar células-tronco aleatoriamente nas coronárias.
Dohmann deposita as sementes só em regiões comprometidas. O médico faz parte do Instituto do Milênio de Terapia Celular, um grupo de 15 instituições que pesquisa a capacidade de recriação dos mais variados tecidos humanos – do nervoso ao ósseo.

(Fonte: Revista ÉPOCA – ANO IV – N.º 189 – CIÊNCIA E TECNOLOGIA – MEDICINA Reportagem de Victor Javoski – 31 de dezembro, 2001 – Pág. 71)

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