PRIMEIRA DESEMBARGADORA DO RIO GRANDE DO SUL

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Maria Berenice Dias, natural de Santiago no Rio Grande do Sul, 57 anos. Foi empossada em 1996, a primeira mulher a romper com uma tradição de 122 anos do Tribunal de Justiça do Estado. Aos 24 anos, Berenice tomou posse como a primeira juíza do Estado. É autora de nove livros, entre eles União homossexual – O preconceito e a justiça e Manual do Direito das Famílias. Em 2001, a Câmara que preside concedeu direitos da união estável a parceiros homossexuais, decisão até então inédita no país. Maria Berenice luta desde o início da carreira pela inclusão de minorias e pela sua própria na atividade profissional que escolheu. É militante das bandeiras feministas e precursora no país na defesa do reconhecimento das uniões homoafetivas – termo criado por ela. Em causa própria, desbravou seu caminho até conquistar a toga. Foi a primeira juíza do Estado, em um tempo em que o Judiciário sequer aceitava inscrição de mulheres.
Quase 30 anos de carreira depois, Maria Berenice foi novamente pioneira, quando tomou posse como desembargadora. O reconhecimento, que deveria coroar uma profissional dedicada, teve seu lado polêmico. Sua indicação foi por antigüidade e não por merecimento, o que tradicionalmente garantiria uma eleição por unanimidade.
– Obteve sete votos contrários. Na época, mesmo vivendo um momento especial, não se calou, denunciou. Foi por preconceito, por ser mulher e por ser mulher divorciada. Mãe de três filhos, ela está no quinto relacionamento. Vive uma união estável com o professor de direito constitucional Sérgio Resende de Barros, que mora em São Paulo.
(Fonte: ZH – RSVIP – Fernanda Zaffari –DONNA ZH – Pág; 4 – domingo, 10/07/05 – Ano 00 – N.º 00.000)

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