Pierre Barouh, cantor francês, o ‘embaixador’ da música brasileira

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O ator, cantor e compositor francês Pierre Barouh foi autor de ‘A man and a woman’

 

 

O “embaixador” da música brasileira

 

 

Pierre Barouh (19 de fevereiro de 1934 – Paris, 28 de dezembro de 2016)ator, cantor e compositor francês, que escreveu e cantou o sucesso internacional “A man and a woman” do filme homônimo de 1966.

 

Barouh era conhecido como uma espécie de “embaixador” da música brasileira por ter aberto as portas para Baden Powell em Paris.

 

Sua relação com o Brasil começou na juventude, quando Barouh, filho de judeus e morador do subúrbio parisiense de Levallois Perret, veio ao país nos anos 1960 com um time de voleibol, tornando-se amigo de compositores que criaram a bossa nova, entre eles Tom Jobim. Na volta, Barouh começou a compor, tendo como intérpretes grandes nomes da canção francesa, como Yves Montand, Françoise Hardy e Nicolle Croisille, sua parceira nas canções do filme “Um Homem e uma Mulher” (A l’ombre de Nous e Plus Fort que Nous, entre elas).

 

 

Barouh também dirigiu um documentário sobre os primórdios da bossa nova, “Saravah”, em 1972, além de outros três filmes. Ele trabalhou como ator em 20 deles, o último em 2010, “Le Marais Criminels”. Sua última parceria com Lelouch foi em 2005, no filme “A Coragem de Amar”.

No filme, Barouh interpreta um dublê de perigosas cenas de ação, que morre durante uma filmagem. Sua mulher (Anouk Aimée), após sua morte, conhece um piloto de corrida e inicia com ele um romance. Na época, Barouh e Anouk eram casados na vida real. Ela continuou a carreira de atriz e ele só esporadicamente aparecia nas telas. Fundou o selo Saravah e lançou discos de músicos de países africanos, entre eles Pierre Adekengué, um dos precursores da world music, além de ter promovido compositores brasileiros como o percussionista Naná Vasconcelos.

Como compositor, escreveu para nomes como Françoise Hardy e Yves Montand. Fundou o selo Saravah, que apostou em artistas de raízes africanas, como Alfred Panou e Pierre Adekengué, e no percussionista brasileiro Nana Vasconcelos.

 

Em 1969, seu interesse pela cena brasileira se traduziu no documentário “Saravah”, em que investigou a bossa nova retratando, entre outros, Maria Bethânia, Paulinho da Viola e Baden Powell. Com este último, gravou a faixa “Samba Saravah”, versão em francês do “Samba da Benção”.

 

Barouh é conhecido por sua participação e por ser coautor da trilha do filme “Um Homem e uma Mulher”, do diretor Claude Lelouch, que levou a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1966 e do Oscar de roteiro original, em 1967.

 

Criado nos subúrbios parisienses em uma família judia, Barouh foi jornalista depois da Segunda Guerra Mundial e jogou com a equipe nacional de vôlei antes de ir para o Brasil, onde fez amizade com os principais cantores e compositores da bossa nova.

 

Barouh era considerado uma espécie de embaixador da música brasileira na Europa. Entre esses temas, destaca-se Samba Saravah (ou Samba da Benção), em parceria com Baden Powell, em que presta homenagem a vários músicos brasileiros, de Pixinguinha a Vinicius de Moraes.

 

Voltou para a França e estrelou filmes e passou a compor música. Seus maiores sucessos incluíram o hit “A man and a woman” do filme de Claude Lelouch, assim como “La bicyclette”. Suas músicas foram interpretadas por estrelas francesas como Yves Montand e Francoise Hardy.

 

Barouh também dirigiu um documentário sobre os primórdios da bossa nova, “Saravah”, em 1972, além de outros três filmes. Ele trabalhou como ator em 20 deles, o último em 2010, “Le Marais Criminels”.

Pierre Barouh faleceu em 28 de dezembro de 2016, aos 82 anos. Ele sofreu um ataque cardíaco e estava internado no hospital Cochin, em Paris.

(Fonte: Rede Notícia – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – NACIONAIS / De Talita Trindade – 29 de dezembro de 2016)

(Fonte: https://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2561 – CULTURA / Por Estadão Conteúdo – 28/12/16)

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/musica – CULTURA – MÚSICA/POR O GLOBO e AGÊNCIAS INTERNACIONAIS – 28/12/2016)

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(Fonte: https://cultura.estadao.com.br/noticias/musica – NOTÍCIAS / MÚSICA / CULTURA / Por Antônio Gonçalves Filho, O Estado de S.Paulo – 28 de dez de 2016)

 

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