Prof. Philip E. Converse, especialista em como os eleitores decidem
Philip Converse, à esquerda, com Warren Miller e Angus Campbell, três dos quatro coautores do livro de 1960 “The American Voter”. (Crédito da fotografia: cortesia Universidade de Michigan)
Philip Converse (nasceu em 17 de novembro de 1928, em Concord, Nova Hampshire — faleceu em 30 de dezembro de 2014, em Ann Arbor, Michigan), foi cientista político, professor emérito de sociologia e ciência política em Michigan.
O professor Converse recebeu um bacharelado em inglês pela Denison University, em Ohio, um mestrado em literatura inglesa pela University of Iowa e um mestrado e doutorado em sociologia pela University of Michigan, onde se tornou diretor do Institute for Social Research em 1986.
De 1989 a 1994, ele foi diretor do Centro de Estudos Avançados em Ciências Comportamentais da Universidade de Stanford. O professor Converse nasceu em Concord, New Hampshire, em 17 de novembro de 1928.
“Você tem o voto de todas as pessoas que pensam”, garantiu uma mulher a Adlai E. Stevenson durante uma de suas campanhas presidenciais. Ao que Stevenson, segundo a história, respondeu com ceticismo: “Isso não basta, senhora — precisamos de uma maioria!”
Segundo Philip E. Converse, o ceticismo de Stevenson era bem fundamentado. Em 1960, após Stevenson ter sido derrotado duas vezes por Dwight D. Eisenhower, o professor Converse, então um pesquisador de 32 anos da Universidade de Michigan, concluiu com três coautores que a maioria dos eleitores americanos era notavelmente desinformada e não ideológica, e que baseava suas preferências principalmente na filiação partidária.
Desde então, muitos cientistas políticos moderaram essa visão, dada a enxurrada de informações disponíveis aos eleitores por meio da televisão e outras novas tecnologias, e a atenuação geral dos laços partidários. Ainda assim, a pesquisa original sobre “O Eleitor Americano”, com Angus Campbell, Warren Miller e Donald Stokes, e a elaboração do Professor Converse em um artigo de 1964, “A Natureza dos Sistemas de Crenças em Públicos de Massa”, em “Ideologia e Descontentamento”, deram início a um debate contínuo sobre o papel que o caráter, a filiação partidária, as posições políticas ou a ideologia geral de um candidato desempenham na mente dos eleitores.
Criou o que Nancy Burns, cientista política da Universidade de Michigan, chamou de “a arquitetura da nossa compreensão da opinião pública”.
A causa foi uma doença pulmonar crônica, de acordo com sua esposa, Jean, uma cientista social.
Além da esposa, seus sobreviventes incluem dois filhos, Peter e Timothy.
“O ponto central do trabalho de Phil era a incapacidade dos cidadãos de lidar com grandes quantidades de informações políticas e torná-las logicamente consistentes, o que os leva sempre a tomar decisões com base em informações inadequadas”, disse Michael Traugott, diretor do Centro de Estudos Políticos da universidade.
“A pesquisa original de Phil até ajuda a explicar elementos de polarização”, disse o professor Traugott. “As pessoas têm a capacidade de filtrar informações discordantes, mas isso não as tornou mais sofisticadas.”
(Direitos autorais reservados: https://www.nytimes.com/2015/01/08/us – New York Times/ NÓS/ Por Sam Roberts – 7 de janeiro de 2015)
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