Petrônio Portella, senador e ministro da Justiça

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A importância de Petrônio Portella para a política brasileira, sendo este uma referência para os piauienses, devido sua trajetória de luta e conquistas.

Petrônio Portella (Valença do Piauí, 12 de setembro de 1925 – Brasília, 6 de janeiro de 1980), advogado e político competente, que aspirou à presidência da República, foi deputado, senador e ministro da Justiça do Brasil no período de (15 de março de 1979 a 7 de janeiro de 1980).

O todo-poderoso cacique da política no Piauí e arquiinimigo do ex-governador e senador piauiense Alberto Silva.

A morte do ministro deixou sem herdeiros um vasto império construído ao longo de vinte anos. Além da máquina do governo estadual, na época nas mãos do médico Lucídio Portella, irmão do ex-ministro, o portellismo controlava 108 das 114 prefeituras do Estado, tinha 6 dos 8 deputados federais e 18 dos 24 deputados estaduais, contando ainda centenas de vereadores por todos os municípios. Entende-se, assim, por que, enquanto Teresina guardava luto fechado, em algumas residências a morte de Petrônio Portella foi comemorada com rojões por inflamados albertistas.

A sucessão de tragédias nas hostes adversárias rendeu a Alberto Silva o desagradável apelido de “senador obitônico” – um misto de óbito com biônico -, no momento a expressão favorita do governador Lucídio Portella, que a usa com frequência e ironia. Alguns portellistas insinuam mesmo que Silva é dado a práticas de macumba, acusação que ele rechaça reafirmando sua condição de “cristão convicto”. O senador acha que a fonte dos boatos está localizada no Palácio Karnak: “O governador me tem imenso rancor”, afirma Alberto Silva.

No Piauí, onde praticamente o MDB nunca existiu, disputaram as eleições de 1978 dois candidatos da Arena – e Silva foi derrotado, só chegando ao Senado com a morte do vitorioso. Lucídio Portella controlou o patrimônio político do irmão, mas em 10 de janeiro, ele revelou que apenas aguardava o fim do mandto para retornar às empresas que possui. Helvídio Nunes, doente, está impedido de assumir o comando político do clã. E Bernardino Viana, o suplente que assumiu a cadeira do chefe morto, nunca foi político e, abandonou a atividade partidária em 1983.

(Fonte: Veja, 31 de janeiro de 1979 – Edição 543 – CONGRESSO – Pág; 16/17)
(Fonte: Veja, 16 de janeiro de 1980 – Edição 593 – BRASIL – Pág; 23/25)

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