Peter Cushing, viveu o Dr. Van Helsing, inimigo do conde Drácula, em quase uma dezena de filmes

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Peter Cushing, o cavalheiro do terror

 

O ator Peter Cushing segura uma faca em uma cena do filme ‘The Skull’ (Foto: Getty Images / Michael Ochs)

 

Peter Wilton Cushing (Kenley (Surrey), 26 de maio de 1913 – Kent, na Inglaterra, 11 de agosto de 1994), ator britânico, um dos mais célebres intérpretes de filmes de terror. Em 1989 recebeu o título de Oficial do Império Britânico. Atuou no teatro londrino até mudar-se para Hollywood, em 1939, onde atuou em O homem da máscara de ferro, neste mesmo ano. Atuou em diversos filmes, e sua carreira foi mais destacada com os papéis de Sherlock Holmes e como Van Helsing, nas películas da Hammer Film Productions.

O ator britânico Peter Cushing, nasceu em 25 de maio de 1913, na cidade de Kenley (Surrey), foi para Hollywood no fim dos anos 30, onde iniciou sua carreira de quase cem filmes com James Whale (1889-1957) – (mestre do filme de horror da Universal), em “O Máscara de Ferro” (1939).

Fez diversos filmes, inclusive com a dupla Laurel e Hardy (O Gordo e o Magro). Mas é na Inglaterra, para onde retorna em 1948, que se firma.

Seu grande momento coincide, em linhas gerais, com o apogeu da Hammer, firma especializada em filmes populares, especialmente de terror. Formou com Christopher Lee (1922-2015) e Vincent Price (1911-1993) o trio de principais atores do gênero.

O diretor Terence Fisher (1904-1980) explorou sua principal característica (a elegância britânica), fazendo dele um Sherlock Holmes exemplar em “O Cão dos Baskervilles” (1959).

Também com Fisher foi várias vezes o dr. Van Helsing, inimigo íntimo do conde Drácula (em geral feito por Christopher Lee) em uma série de filmes que marcou o cinema britânico. Ainda com Fisher brilhou como o barão Frankenstein, no fim dos anos 50.

Nos anos 60, trabalharia várias vezes com Freddie Francis, diretor bem menos importante do que Terence Fisher, embora fotógrafo de primeira linha.

Voltaria a trabalhar com Christopher Lee em um filme de grande sucesso, “A Câmara dos Horrores do Abominável Dr. Phibes” (72).
Manteve-se ativo nos anos 70, mas após a morte da mulher, Helen, em 71, “esperava a hora de juntar-se a ela”, segundo seu amigo e produtor Kevin Francis.

Cushing formou com Christopher Lee e Vincent Price o trio dos grandes atores do gênero. Tinha como marca a elegância e a fleuma britânicas, consagradas em “A Vingança de Frankenstein”, de (1958). Viveu também o Dr. Van Helsing, inimigo do conde Drácula, em quase uma dezena de filmes.

 

Peter Cushing, o cavalheiro do terror em ritos satânicos de drácula (Foto: Seeker of Truth / /Divulgação)

 

Hammer: a Fábrica do Terror, o estúdio de horror inglês nos anos 50 e 60, uma das mais importantes produtoras do gênero na Inglaterra produziu dezenas de filmes de horror e ficção científica de baixo orçamento, cujos enredos mirabolantes e visuais despojadíssimos fazem a delícia dos fãs do cinema trash.

Em suas produções de sua fase áurea, teve Terror que Mata (1956), que fala sobre a transformação de um astronauta em monstro depois de uma viagem ao espaço.

Christopher Lee e Peter Cushing, atores que marcaram os filmes do estúdio, fazem dupla em “O Cão dos Baskervilles” (1959), adaptação da célebre história do detetive Sherlock Holmes. Cushing também atuou em outro clássico do trash, “As Noivas do Vampiro” (1960), em que as moças de um internato se tornam discípulas do conde Drácula.

Peter Cushing morreu dia 11 de agosto de 1994, de câncer na próstata, em Kent, na Inglaterra, aos 81 anos. Ele estava internado há uma semana em uma casa de repouso para idosos em Kent (sul da Inglaterra), com câncer na próstata.

Cushing, que sofria de câncer desde 1982, marcou o cinema com um cavalheirismo que tinha algo de tétrico. Sua figura, em que a fineza e o sombrio pareciam travar um combate permanente, é de um grande senhor das trevas.

(Fonte: veja, 17 de agosto de 1994 – ANO 27 – N.° 33 – Edição 1353 – DATAS – Pág; 99)

(Fonte: Veja, 23 de outubro de 2002 – ANO 35 – Nº 42 – Edição 1774 – Veja recomenda – Televisão – Pág: 128)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/8/12/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA / Por INÁCIO ARAUJO / DA REDAÇÃO – São Paulo, 12 de agosto de 1994)

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