Pat Garret (5 de junho de 1850 Las Cruces, Texas, 29 de fevereiro de 1908), aventureiro e herói dos westerns no Velho Oeste dos Estados Unidos, e cujas histórias serviram para diretores como Sam Peckinpah (1925-1984), ressurgir no cinema para reprisar melancólicos caminhos de decadência já antes trilhados por outros heróis dos westerns. Tornou-se conhecido por ter sido quem matou o fora-da-lei William Bonney, ou Billy the Kid (1859-1881).
O compromisso e a disponibilidade são as alternativas permanentes dos heróis de Peckinpah nesse fúnebre universo de infatigável brutalidade. O fora-da-lei Billy the Kid permanece fiel a seu código de valores e a seu anárquico individualismo. Ao contrário, o aventureiro Pat Garret prefere sobreviver, adaptando-se às exigências do progresso. Nomeado xerife de Lincoln County, Novo México, por latifundiários e barões de gado interessados em se livrar de Billy the Kid e impor prosperidade econômica ao território, numa campanha sob a égide do governador Lew Wallace (autor do best seller “Ben-Hur”), Garret acabaria assassinado, 27 anos depois, em sua fazenda em Las Cruces, no Texas, a mando dos mesmos poderosos.
O lendário destino dos dois heróis que se aproximam do inevitável conflito, enquanto, para honrar-lhes as despedidas, surgem e desaparecem rostos familiares de velhos atores. Em Fort Summers, depois de matar Billy, Garret pressente ter matado também o seu passado e a sua razão de viver. Simbolicamente, dispara sua arma sobre a própria imagem refletida num espelho. Pois este é um duelo sem vencedores.
Personagens cujo mito foi decantado em mais de dez filmes (como “O Proscrito”, de 1941, e “Um de Nós Morrerá, de 1958), em cerca de 450 monografias e até numa ópera de Giaccomo Puccini, numa peça de Bernard Shaw e num balé de Aaron Copland, Billy the Kid (1859-1881), Kris Kristofferson e Pat Garret ressurgem no cinema como (James Coburn) na direção do diretor Sam Peckinpah (1925-1984), em Nostálgico Duelo.
Brutalidade infatigável – Elegíaca evocação dos mitos românticos do oeste, pungente e caloroso réquiem à extinção daquela era bravia e épica, “Pat Garret e Billy the Kid” retoma temas e situações já clássicas no cinema de Sam Peckinpah. Mais uma vez, na paisagem empoeirada, seus heróis insistem em empunhar armas que cintilam como um raio e em reviver ritualísticos tiroteios e banhos de sangue – contemplados por extasiada câmara lenta – quando, na verdade, estão condenados ao fim trágico de um duelo crucial e fatídico.
(Fonte: Veja, 11 de dezembro de 1974 Edição n° 327 CINEMA/ Por P. R. Browne Pág; 106)
William Bonney (23 de novembro de 1859 Fort Summers, 14 de julho de 1881), ou Billy the Kid, aventureiro e fora-da-lei considerado uma lenda no sudoeste americano do westerns de 1881. Tempos selvagens tomam rumos diferentes para enfrentar, cada um a seu modo, um inimigo comum: a inexorável civilização em marcha. Personagens cujo mito foi decantado em mais de dez filmes (como “O Proscrito”, de 1941, e “Um de Nós Morrerá, de 1958), em cerca de 450 monografias e até numa ópera de Giaccomo Puccini, numa peça de Bernard Shaw e num balé de Aaron Copland, Billy the Kid (Kris Kristofferson) e Pat Garret (1850-1908) ressurgem no cinema como (James Coburn) na direção do diretor Sam Peckinpah (1925-1984), em Nostálgico Duelo.
Brutalidade infatigável – Elegíaca evocação dos mitos românticos do oeste, pungente e caloroso réquiem à extinção daquela era bravia e épica, “Pat Garret e Billy the Kid” retoma temas e situações já clássicas no cinema de Sam Peckinpah. Mais uma vez, na paisagem empoeirada, seus heróis insistem em empunhar armas que cintilam como um raio e em reviver ritualísticos tiroteios e banhos de sangue – contemplados por extasiada câmara lenta – quando, na verdade, estão condenados ao fim trágico de um duelo crucial e fatídico.
(Fonte: Veja, 11 de dezembro de 1974 Edição n° 327 CINEMA/ Por P. R. Browne Pág; 106)