O primeiro paciente submetido à técnica de crescer e regenerar o tecido cardíaco

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PRIMEIRO PACIENTE SUBMETIDO À TÉCNICA DE INJEÇÃO DE CÉLULAS-TRONCO EM UM CORAÇÃO

Gerson Menna Barreto (1958- ), inspetor de tributos e gaúcho morador da cidade de Guaíba. A injeção de células-tronco em um coração debilitado deu vida nova ao gaúcho enfartado e promete revolucionar as cirurgias cardíacas. Pela primeira vez no Estado, o paciente de 44 anos recebeu células capazes de crescer e regenerar o tecido cardíaco morto durante um enfarte. Foi o primeiro submetido à técnica no Estado.
A técnica, desenvolvida pelo Instituto de Cardiologia (IC) e coordenada pelo médico Ivo Nesralla, consiste na retirada de células-tronco da medula óssea do próprio paciente, que são injetadas no coração. A medula é considerada uma fábrica de células. Por ser do próprio indivíduo, a célula-tronco da medula não oferece risco de rejeição. Feita a separação das tronco dos demais componentes, parte das células retorna ao hospital e é injetada diretamente na área morta do coração do paciente. Outra parte é mantida na UFRGS para pesquisa.
Na cirurgia realizada em 31 de outubro, o inspetor de tributos Gerson, recebeu 30 pequenas injeções no coração. Ele havia passado por dois enfartes.
O coração estava bastante prejudicado. Se não fosse feita a cirurgia, o órgão ficaria mais fraco e ele precisaria de transplante. Ele ainda precisou de algumas pontes de safena. Mena Barreto teve a alta uma semana após a cirurgia.
O Hospital Pró-Cardíaco, do Rio, primeira instituição no país a usar a técnica, em 2001, o Rio Grande do Sul foi o quarto Estado a transplantar células-tronco para o coração, depois do Rio de Janeiro, de São Paulo e da Bahia.
É preciso um maior número de pacientes para responder se o método é realmente seguro. Levará anos até que se adote como prática clínica.

(Fonte: Jornal Zero Hora – Medicina – Por Márcio Brito – 19/11/03 – Pág. 36)

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