O precursor da aldeia global

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O precursor da “aldeia global”

Herbert Marshall McLuhan, teórico da comunicação social

Uma das principais influências intelectuais dos anos 60, revolucionou os padrões de ensino das escolas de Comunicação dos Estados Unidos e Europa com conceitos em que definia uma nova ordem social e política a partir da comunicação simultânea e instantânea entre os habitantes de todos os pontos da Terra: a aldeia global. “Com isso, as guerras, as linhas de montagem industrial, os dogmas políticos e a supremacia dos homens brancos serão coisas obsoletas”, profetizava.

Acometido por graves problemas de saúde nos últimos anos, inclusive por uma trombose que lhe paralisou o lado direito e o fez perder a fala, foi obrigado a se aposentar após o fechamento do Centro de Cultura e Tecnologia da Universidade de Toronto, onde realizava seus estudos e pesquisas. Morreu cinco me ses depois, no ostracismo.

Sua introdução no Brasil aconteceu no verão de 1969 com uma tradução da obra ‘Compreendendo os Meios de Comunicação’, considerado um de seus trabalhos mais importantes.

O polêmico Marshall McLuhan
Audacioso e inúmeras vezes criticado, McLuhan foi chamado de sonhador a louco, conforme o impacto que suas idéias suscitavam. Tornou-se requisitado no mundo empresarial e no meio publicitário, devido às suas teorias sobre as potencialidades da mídia, transformadas pelas então novas tecnologias e pela cultura popular.

Em suas entrevistas e nos artigos pagos a peso de ouro, ditava conceitos sobre sexo, moral, esportes, abismo das gerações, negócios e meios de comunicação. Passou a ser moda e porta-voz de uma época.

Herbert Marshall McLuhan foi encontrado morto, aos 69 anos, pelo filho Eric, em sua residência em Toronto, no Canadá.

(Fonte: www.jblog.com.br – 31/12/2007 – Hoje na Historia/ Por Lucyanne Mano)

Herbert Marshall McLuhan Nasceu a 21 de Julho de 1911, em Edmonton, Canadá. Começou por estudar engenharia, na Universidade de Manitoba, em 1932, mas acabou por se formar em Literatura Inglesa, em 1934.

Ensinou na Universidade de Wisconsin, entre 1936 e 1937. Fez o mestrado em Cambridge, em 1939, e doutorou-se, em 1943, com uma tese sobre o autor satírico inglês Thomas Nashe.

Entre 1944 e 1946, foi professor na Universidade de Assumption, em Ontário, e na Universidade de Toronto, entre 1946 e 1979. Das suas cerca de 15 obras, fazem parte livros como The Medium is the Massage: An Inventory of Effetcs, e War and Peace in the Global Village.

McLuhan introduz as frases “o impacto sensorial”, “o medium é a mensagem” e “aldeia global” como metáforas para a sociedade contemporânea, ao ponto de se tornarem parte da nossa linguagem do dia a dia.

Adquiriu proeminência internacional com ideias que têm estimulado milhares de artistas, intelectuais e jornalistas, em todo o mundo, ao ponto da revista Fortune o nomear como “Uma das principais influências intelectuais do nosso tempo”.

As suas publicações contribuíram para combater a inércia de um público tanto académico como popular, numa altura em que o optimismo estava na moda. Segundo a revista The New Yorker, “O que continua importante é a postura global de McLuhan e a sua busca do novo. Ele deu o necessário impulso ao grande debate sobre o que está a acontecer ao Homem nesta idade de rápida aceleração tecnológica”.

Em Setembro de 1979, McLuhan sofreu uma trombose que o deixou incapaz de falar, ler ou escrever. Morreu durante o sono a 31 de Dezembro de 1980.

Na sua última aparição na televisão, na Universidade de York, em Toronto, na Primavera de 1979, fez uma síntese final da sua teoria. Tinha começado a olhar todos os artefactos humanos, desde os primeiros instrumentos até aos media electrónicos, incluindo os computadores, como extensões do corpo humano e do seu sistema nervoso – e como componentes da evolução humana, de um modo que Darwin nunca poderia ter imaginado.

(Fonte: http://www.citi.pt)

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