O Pasquim

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No dia 26 de junho de 1969 – Lançamento de O Pasquim.

O Pasquim
A primeira edição do jornal O Pasquim foi para as bancas no dia 26 de junho de 1969, em pleno regime de exceção que promovia prisões, torturas e desaparecimentos de opositores da ditadura militar brasileira. Em sua estreia, O Pasquim estampou uma foto preto e branco do colunista social de O Globo Ibrahim Sued e a primeira de uma série única de provocações comportamentais: “Aos amigos, tudo; aos inimigos, justiça”.
Brotado das mentes de Ziraldo, Millôr Fernandes, Jaguar, Prósperi, Tarso de Castro, Sérgio Cabral, entre outros, e com uma tiragem inicial de 20 mil exemplares, que a princípio parecia exagerada, o semanário atingiu a marca de mais de 200 mil exemplares em seu auge, no meio dos anos 70. Surgiu como uma publicação comportamental (falava sobre sexo, drogas, feminismo e divórcio, entre outros). O Pasquim foi se tornando mais politizado à medida que
aumentava a repressão da ditadura, passando a ser porta-voz da indignação social brasileira.
Com um grupo fixo de jornalistas, a publicação contava ainda com a colaboração de nomes como Henfil, Paulo Francis, Ivan Lessa, Ruy Castro e Fausto Wolf. Em novembro de 1970, a redação inteira de O Pasquim foi presa após o jornal publicar uma sátira do célebre quadro de dom Pedro às margens do Ipiranga. Com a prisão dos jornalistas do Pasquim, os militares contavam com o fechamento do jornal que não aconteceu devido às colaborações de Chico Buarque, Antônio Callado, Rubem Fonseca, Odete Lara, Gláuber Rocha e inúmeros intelectuais cariocas. Como jornal alternativo, O Pasquim representa o principal exemplo de imprensa independente na história do país.

(Fonte: Correio do Povo – Ano 114 – Nº 269 – Geral – Cronologia/ RENATO BOHUSCH – sexta-feira, 26 de junho de 2009 – Pág; 20)

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