Norman Jewison, diretor de cinema canadense, cuja gama eclética de obras-primas incluiu o drama racial de 1967 “No Calor da Noite”, estrelado por Sidney Poitier e Rod Steiger, ganhou o Oscar de melhor filme em 1967, a comédia romântica “Feitiço da Lua”, de 1987, e o musical de 1971 “Um Violinista no Telhado”

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Norman Jewison, diretor de “No Calor da Noite”,

Diretor de cinema canadense Norman Jewison durante almoço para celebrar os indicados do Canadá ao Oscar em Los Angeles, EUA 21/2/2013 (REUTERS/Fred Prouser/Arquivo © Thomson Reuters)

 

 

Norman Jewison (nasceu em Toronto em 21 de julho de 1926 – faleceu em 20 de janeiro de 2024, em Los Angeles), diretor de cinema canadense, cuja gama eclética de obras-primas incluiu o drama racial de 1967 “No Calor da Noite”, a comédia romântica “Feitiço da Lua”, de 1987, e o musical de 1971 “Um Violinista no Telhado”.

O diretor, cujos filmes também incluíram a sátira da Guerra Fria de 1966 “Os russos estão chegando! Os russos estão chegando!” e a provocativa ópera rock de 1973 “Jesus Cristo Superstar”, foi considerado um dos diretores mais importantes das últimas quatro décadas do século 20. Ele era amplamente admirado por sua capacidade de criar filmes poderosos em muitos gêneros diferentes.

Jewison foi indicado sete vezes ao Oscar, três delas à categoria de melhor diretor e quatro a melhor filme. Em 1968, seu filme “No Calor da Noite”, com Sidney Poitier, recebeu o prêmio de melhor filme da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

Seus filmes renderam 12 indicações a atores e atrizes nas categorias que premiam atuação. Seu trabalho na televisão rendeu três prêmios Emmy.

Jewison começou atuando para o rádio e para o teatro. Após trabalhar com a emissora britânica BBC, passou a escrever, produzir e dirigir programas de televisão canadenses, sendo responsável por algumas das produções mais populares do país. Em 1958, o diretor se mudou para Nova York para dirigir o programa musical Your Hit Parade, da CBS, que foi sua porta de entrada para assumir diversos programas e especiais na televisão americana.

No cinema, antes de se tornar um produtor independente, Jewison dirigiu comédias para a Universal. Em 1965, lançou “A Mesa do Diabo”, primeiro de uma sequência de sucessos que passa por “Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando!” (1966) e “Justiça para Todos” (1979).

Seus filmes ganharam vários prêmios da Academia e Jewison recebeu um Oscar honorário pelo conjunto da obra em 1999. “No Calor da Noite”, estrelado por Sidney Poitier e Rod Steiger, ganhou o Oscar de melhor filme em 1967.

“Feitiço da Lua”, de 1987, tornou-se uma das comédias românticas mais populares de Hollywood. Conta a história de uma viúva do Brooklyn, interpretada por Cher, que concorda em se casar com um homem que não ama e depois se apaixona pelo irmão dele, interpretado por Nicolas Cage. Cher ganhou o Oscar de melhor atriz por sua atuação atrevida.

As viagens de Jewison como jovem nos Estados Unidos da década de 1940 — vendo o racismo branco flagrante contra os negros no sul do país — influenciaram seus filmes, especialmente seus três dramas raciais: “No Calor da Noite”, “A História de um Soldado” (1984) e “Hurricane – O Furacão” (1999).

“No Calor da Noite” enfocou o relacionamento entre um policial negro (Poitier) e um xerife branco (Steiger) em uma cidade racista do sul. A visão do personagem de Poitier atacando um rico proprietário de terras branco chocou alguns espectadores na época.

Jewison se lembra de ter sido provocado quando menino em Toronto por pessoas que pensavam que ele era judeu por causa de seu nome. Ele veio de uma família cristã, mas a percepção errônea persistiu.

PROGRESSISTA ASSUMIDO

Jewison era um progressista declarado que participou de marchas pelos direitos civis na década de 1960 e conheceu o ex-procurador-geral dos EUA Robert Kennedy e o herói dos direitos civis Martin Luther King Jr.

Ele atraiu a ira de alguns conservadores dos EUA. O ator durão John Wayne ficou furioso com o filme de Jewison “Os russos estão chegando! Os russos estão chegando!”, de 1966, uma sátira que retrata o caos cômico em uma cidade da Nova Inglaterra depois que um submarino soviético encalha.

“Quanto mais bêbado ele ficava, mais queria me dar um soco”, disse Jewison à CTV News do Canadá em 2009 sobre Wayne.

Jewison ficou desencantado com a sociedade norte-americana após os assassinatos de Kennedy e King em 1968 e mudou-se para fora do país.

“Perdi meu idealismo político. Então fui embora, levei a família para o Canadá e rasguei meus green cards — algo pelo qual as crianças ainda não me perdoaram”, disse Jewison ao Ottawa Citizen em 2004, referindo-se ao status de residência permanente nos EUA.

Jewison dirigiu 12 atores diferentes em performances indicadas ao Oscar, com Steiger vencendo por “No Calor da Noite” e Cher e Olympia Dukakis vencendo por “Feitiço da Lua” Ele produziu a maioria de seus filmes, bem como alguns de outros diretores.

Jewison recebeu um Oscar honorário por sua carreira, o Irving G. Thalberg Memorial Award, em março de 1999.

“Meu pensamento de despedida para todos os jovens cineastas é o seguinte: Apenas encontrem boas histórias”, disse Jewison ao público.

“O filme de maior bilheteria não é necessariamente o melhor filme… Portanto, apenas contem histórias que nos levem ao riso e às lágrimas, e talvez revelem um pouco da verdade sobre nós mesmos.”

Norman Frederick Jewison nasceu em Toronto em 21 de julho de 1926. Serviu na marinha canadense durante a Segunda Guerra Mundial, tornou-se diretor de TV no Canadá, depois mudou-se para Nova York em 1958 e fez programas de TV com estrelas como Judy Garland, ganhando três prêmios Emmy.

Norman Jewison faleceu aos 97 anos, informou seu agente.

Jewison morreu em sua casa no sábado, disse Jeff Sanderson.

O cineasta canadense estava em sua casa em Los Angeles, nos Estados Unidos, disse o publicitário Jeff Sanderson.

(Direitos autorais: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – Reuters/ NOTÍCIAS/ BRASIL/ História por Por Will Dunham – 22/01/2024)

(Direitos autorais: https://www.msn.com/pt-br/cinema/noticias – Folha de S.Paulo / CINEMA/ NOTÍCIAS/ SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – 22/01/2024)

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