Noel Coward, ator, compositor, teatrólogo e milionário inglês.

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Noel Coward (1900-1973), ator, compositor, teatrólogo e milionário inglês. “A vida sempre me tratou bem. Mas, de minha parte, eu a ajudei bastante”, costumava dizer sir Noel Coward. Chamado de “o mestre” em todo o mundo do teatro, Coward deixou como herança uma enorme incógnita: qual será o montante de sua fortuna cuidadosamente acumulada nos cofres da Suíça e da Jamaica, longe dos rigores do fisco britânico?

Coward morreu dia 26 de março, na Jamaica, de um ataque do coração. Sua morte, que aconteceu exatamente num momento em que três de suas peças faziam total sucesso em Londres e Nova York, “veio tranquilamente”, segundo Joan Hirts, sua secretária.

E encerrou uma carreira de quase meio século. Das suas obras encenadas no Brasil destacam-se: “Uma Mulher do Outro Mundo”, “Nu ao Violino” e “Week-end”. Através do cinema, porém, foi possível vê-lo em “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, “Paris que Alucina” e “Nosso Homem em Havana”, onde fazia a parte do chefe de Alec Guiness. Na sua autobiografia, “Um Talento para Divertor”, ele se definiu como “um homem espirituoso, por natureza. E também um homem de talento muito grande.”
(Fonte: Veja, 4 de abril, 1973 – Edição 239 – DATAS – Pág; 14)

 

 

 

 

 

Menino prodígio, exímio dançarino, dramaturgo genial, compositor, escritor e ator de talento, Noel Coward foi um fenômeno. Aos 32 anos, era o autor mais bem remunerado do planeta e, apesar de já ter falecido há 26 anos, seus textos e peças continuam a ser encenados em todo o mundo.

Mas o sucesso de sua carreira não foi suficiente para Noel. Era um homem marcado pela derrocada financeira da família e não mediu esforços para fazê-la voltar ao status anterior, embora contratasse o pai para servir chá quando não havia criados disponíveis.

Outro aspecto conflitante da vida de Coward era sua homossexualidade não-assumida. Para seus amigos íntimos, Noel revelava seu lado gay, mas esforçava-se para manter essa faceta escondida de seus fãs.

A contradição entre o Noel privado, entretido com atores e soldados, e o Coward público, preocupado com a moral inglesa, é constante ao longo do livro, escrito por Philip Hoare com base em diários, cartas e peças inéditas e entrevistas com contemporâneos.

A partir desse material o autor reconstruiu a carreira de Coward, seus amores, a fama meteórica e o trabalho como agente secreto inglês durante a Segunda Guerra. Também resgatou sua infância pobre num subúrbio de Londres, origem que o fez invejar amigos como Laurence Olivier, Michael Redgrave e John Gielguld — todos integrantes da aristocracia britânica — e desejar o mesmo prestígio, que só conseguiu em 1970, três anos antes da sua morte, ao ser condecorado Sir num cerimônia em Buckingham.

Philip Hoare é escritor, crítico e colaborador do Independet, e The Times Literary Supplement, entre outras publicações. Antes de Noel Coward, uma biografia, considerado um dos melhores livros de 1996 pelo New York Times Book Review, escreveu a biografia de Stephen Tennant, Serius Pleasures.

“…uma biografia bem pesquisada, um retrato esclarecedor de um homem complexo, de um espírito rebelde mais atormentado do que se poderia imaginar.” Sunday Express

“Sr. Hoare escreveu, o que muitos tentaram, a biografia definitiva de Coward. O livro é admiravelmente bem escrito, um modelo para o gênero.” — Sunday Independent

“Philip Hoare escreveu uma admirável biografia de Coward, ele vasculhou e gravou meticulosamente cada produção, munido de detalhes biográficos para a presença de cada ator em cena.” Sunday Telegraph

“A vida de uma das mais brilhantes cabeças do nosso século, bem pesquisada, lúcida, repleta de divertidas indiscrições sobre o grandioso e não tão grandioso assim.”

(Fonte: www.editoras.com)

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