Nair Bello, atriz que se tornou célebre por encarnar a mamma italiana em novelas e séries de TV

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Nair Bello (Santa Ernestina, 28 de abril de 1931 – São Paulo, 17 de abril de 2007), atriz que se tornou célebre por encarnar a mamma italiana em novelas e séries de TV

Nair Bello Souza Francisco nasceu em São Paulo, 28 de abril de 1931. Aos 18 anos de idade, fez um teste para a Radio Excelsior e começou a atuar como comediante. Pulou para a TV como garota-propaganda. Ao longo de mais de 50 anos de carreira fez da risada e do escracho suas marcas registradas.

No cinema, começou em 1951, o filme “Liana, a pecadora”. Fez apenas uma peça, 1976: “Alegro Desbum”, de Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha. Sua vocação sempre foi a comédia.

As “italianonas” e as gargalhadas de Nair Bello freqüentaram muito a telinha ao longo desses 50 anos. O reconhecimento começou com “Epitáfio e Santinha”, ao lado de Renato Corte Real, em 1960.

– O momento mais feliz da minha vida foi ganhar o troféu Roquette Pinto, pelo humorístico “Epitáfio e Santinha”, em 1961 – lembrava ela, que continuou atuando em seriados como “Dona Santa”, “Casa de Irene”, “Família Trapo” e “Escolinha do Golias”.

Carreira

Nair Bello Souza Francisco começou sua vida profissional na extinta rádio Excelsior em 1949. Tinha então 18 anos. Trabalhou também na rádio Record, mas sua carreira não se limitaria ao trabalho de locutora e atriz comediante de rádio. Na TV, Nair participou de minisséries e novelas, e a atualmente interpretava Dona Santinha no humorístico “Zorra Total”, da Globo.

Dois anos depois de seu início, estreou no cinema em “Liana, a Pecadora” (1951), filme em que contracenou com a grande amiga Hebe Camargo. O teatro conheceria Nair anos mais tarde, em 1976, em “Alegro Desbum”, peça de Oduvaldo Vianna Filho.
Mas o sucesso veio mesmo com a TV. Nair começou como garota-propaganda e participou de diversas novelas e minisséries. Um de seus personagens de destaque foi o de Dona Santa, na minissérie homônima exibida pela Band em 1982.

Na Globo, sempre interpretou personagens de humor, como Dona Gema (“Perigosas Peruas”, 1992), Carlotinha (“Torre de Babel”, 1998), Pierina (“Uga Uga”, 2000), Dolores (“Kubanacan”, 2003) e a viúva Lake (“Bang Bang”, 2006). A atriz participou ainda de “Vira-Lata” (1996) e “O Mapa da Mina” (1993), entre outras novelas.

Confira os principais papéis de Nair Bello na TV:

– “Bang Bang”, 2005 – Dona Zorra (Leona Lake)

– “Kubanacan”, 2003 – Dolores

– “O Quinto dos Infernos”, 2002 – Giovanna
(Marquesa de Pesto)

– “Uga Uga”, 2002 – Pierina

– “Torre de Babel”, 1998 – Carlotinha Bimbatti

– “Era Uma Vez”, 1998 – Dona Santa

– “Vira-lata”, 1996 – Antonieta

– “Malhação”, 1995 – Olga Prata

– “A Viagem”, 1994 – Cininha

– “O Mapa da Mina”, 1993 – Zilda Machado

– “Perigosas Peruas”, 1992 – Dona Gema

– “Maçã do Amor”, 1983 – Filomena

– “Dona Santa”, 1981 – Dona Santa

– “Olhai os lírios do campo”, 1980 – Micaela

– “João Brasileiro, o Bom Baiano”, 1978 – Pina

A atriz Nair Bello, 75, morreu no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após cinco meses internada. Ela sofreu três paradas cardíacas em 2006. Antes de ser internada, Nair interpretava Dona Santinha no humorístico “Zorra Total”, da Globo. A atriz estava escalada para a novela das sete da Globo, “Pé na Jaca”. Devido a seu estado de saúde, foi substituída por Arlete Salles.

Nair Bello: a mamma do humor brasileiro

Nair Bello (São Paulo, 28 de abril de 1931 – São Paulo, 17 de abril de 2007), a atriz que se tornou célebre por encarnar a mamma italiana em novelas e séries de TV. Quando começou a atuar, no fim dos anos 40, Nair tinha apenas 18 anos. Fez papéis no rádio, mas interrompeu a carreira na década seguinte para cuidar dos quatro filhos. Em 1960, estreou na TV como a Dona Santinha. Com o sotaque italianado do bairro da Mooca, em São Paulo, Santinha batia com o tamanco no marido quando ele tentava enganá-la.

O sucesso do personagem, o último com que apareceu na TV, foi um divisor em seus 57 anos de carreira. Nair se tornou atriz de um tipo só – a mamma -, mas não se incomodava com isso. “Adoro ser mãe. Queria ter seis filhos. Como só tive quatro, compenso nas novelas.” Por causa do marido ciumento, jamais beijou a boca de um homem em cena. Era dona de uma gargalhada contagiante. “Tenho o riso frouxo”, costumava dizer. Nair teve três paradas cardíacas, a primeira num salão de beleza.

(Fonte: Veja, 25 de abril, 2007 – ANO 40 – N° 16 – Edição n° 2005 – DATAS – Pág; 88)
(Fonte: www1.folha.uol.com.br – 17/04/07)

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