Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido como Mussum, comediante, iniciou sua carreira no grupo Os Originais do Samba e consagrouse nos Trapalhões

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De músico a humorista de sucesso

Comediante ficou conhecido por sempre pronunciar as palavras com “is” no final

 

Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido pelo nome artístico Mussum (Rio de Janeiro, 7 de abril de 1941 — São Paulo, 29 de julho de 1994), foi um humorista, ator, músico, cantor e compositor.

No início dos anos 1960, Mussum fundou o grupo Os Sete Morenos, ao lado dos amigos. Posteriormente, o grupo mudaria seu nome para Originais do Samba. Aliás, esses amigos iriam com ele para a Globo, em 1966, para o programa “Bairro Feliz“.

Ao que tudo indica, a origem do apelido Mussum viria justamente nessa época, por conta do nome que o comediante Grande Otelo o apelido. Entretanto, na ocasião, a grafia era Muçum.

Anos depois, ele seria convidado para integrar a famosa “Escolinha do Professor Raimundo“, a convite do próprio Chico Anysio. Nesse momento, o comediante criava a sua própria marca registrada: sua pronúncia sempre terminada em “is”.

Em 1974, chegava na TV Tupi o programa humorístico “Os Trapalhões“, que consagraria, ainda mais, a fama de Mussum. A composição do que antes era trio, mas agora era um quarteto, era: Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.

O programa ficou no ar até 1994, ano de falecimento do humorista. Quatro anos antes, “Os Trapalhões” haviam perdido Zacarias.

O que muita gente não sabe ou não se recorda é que antes de fazer sucesso nos “Trapalhões”, o artista integrou o “Originais do Samba”, que foi destaque na década de 60.

Pelo grupo de samba, Mussum teve a oportunidade de se apresentar com diversos nomes de peso, dentre eles, Elis Regina, Elza Soares e Jorge Benjor. Um dos sucessos da banda foi a canção “Esperanças perdidas”.

Em 1974, o programa “Os Trapalhões” (formado por Mussum, Didi, Dedé e Zacarias) foi lançado na extinta TV Tupi pelo produtor Wilton Franco. O humorístico bateu recordes de audiência, chamando a atenção de uma emissora concorrente. Após convite de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, o grupo foi contratado pela TV Globo.

Na década de 80, devido ao sucesso do programa na emissora, Mussum decidiu sair do grupo de samba. Sete anos depois, ele foi convidado para interpretar Jesus Cristo no filme “Os Trapalhões no Auto da Compadecida”. À época, Ariano Suassuna (1927-2014), autor da obra, fez questão de elogiá-lo.

No dia 29 de julho de 1994 – O comediante Antônio Carlos Gomes dos Santos, o Mussum, que iniciou sua carreira no grupo Os Originais do Samba e consagrou-se nos Trapalhões, morre aos 53 anos.

O menino pobre, Antonio Carlos, perdeu o pai cedo e foi criado com dificuldades pela mãe, Malvina, que trabalhava como doméstica, nasceu no morro da Cachoeirinha, no Lins, zona norte do Rio de Janeiro. Depois mudou para rua São Francisco Xavier, em frente ao morro da Mangueira. Estava sempre lá, daí o contato com a música. Nos anos 60, era passista da escola de Samba. Mais tarde virou diretor de harmonia da ala das baianas.

Carreira:

Quem diria, o agitadíssimo e irreverente Mussum vestiu o uniforme da Aeronáutica durante 8 anos. Ele cabo e aproveitava as folgas para tocar e cantar.Saiu da vida militar direto para a Caravana Cultural de Carlos Machado.

Foi lá que conheceu Grande Otélo, que lhe deu o apelido de Mussum, um peixe de cor escura parecido com uma cobra. Acabou formando o grupo Os Sete Modernos do Samba, que virou Os Originais do Samba.

Em 1969, Chico Anysio o levou para trabalhar na Escolinha do Professor Raimundo, programa que comandava na TV TUPI. Em 1976, ele foi convidado por Dedé Santana para compor o grupo Os Trapalhões. Cinco anos depois, deixou os Originais para dedicar-se à carreira na TV.

Mussum morreu no dia 29 de julho de 1994. Três anos depois, o programa foi extinto no canal. Vale lembrar que, além do comediante, Mauro Faccio Gonçalves, o Zacarias, também não é mais vivo. Ele morreu em 18 de março de 1990 de insuficiência respiratória devido ao consumo de remédios para perda de peso.

Em 2019, foi lançado um documentário sobre o comediante chamado “Mussum, um filme do cacildis”. No entanto, o filme sobre a história de Mussum foi lançado em novembro de 2023. O ator Aílton Graça foi escolhido para o papel principal.

História do apelido

O apelido “Mussum” foi dado pelo ator Grande Otelo e se refere ao nome de uma espécie de peixe. Como o comediante conseguia se safar de situações embaraçosas, ele ficou conhecido por ser “escorregadio e liso” igualzinho ao peixe.

Por outro lado, o uso de sufixos “évis” e “is” no final das palavras foi uma sugestão de Chico Anysio (1931-2012) para o personagem. Detalhe: o comediante já costumava conversar desta forma nos bastidores.

(Créditos autorais: https://www.msn.com/pt-br/tv/noticias – Itatiaia/ TV/ NOTÍCIAS/ História por Redação Itatiaia – 29/07/23)

(Fonte: Correio do Povo – Ano 114 – Nº 302 – Geral – Cronologia/ por RENATO BOHUSCH – 29 de julho de 2009 – Pág; 20)

(Créditos autorais: https://www.terra.com.br/diversao/gente – DIVERSÃO/ GENTE/ ENTRETE/ Por Amanda Oestreich – 29 jul 2023)

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