Miguel Caló, chefe de orquestra argentino, fez parte do conjunto de tangos de Oswaldo Fresedo.

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Miguel Caló (28 de outubro de 1907 – Buenos Aires, 24 de maio de 1972), chefe de orquestra argentino, pianista que, passando para o bandoneon, fez parte do conjunto de tangos de Oswaldo Fresedo, e acompanhou Carlos Gardel em tangos famosos como “Esta Noche Me Emborracho”. Formando a partir de 1940 sua Orquestra de Las Estrellas. Miguel Caló faleceu dia 24 de maio de 1972, do coração, aos 74 anos, em Buenos Aires.
(Fonte: Veja, 31 de maio, 1972 – Edição n° 195 – DATAS – Pág; 51)

MIGUEL CALÓ – Bandoneonista, Compositor e Maestro
Nasceu a 28 de outubro de 1907 e faleceu a 24 Maio de 1972.
Na vida artística de Miguel Caló distinguimos duas etapas bem diferenciadas, que revelam a sua evolução musical e os seus dotes de excepcional maestro.
A primeira etapa inicia-se com a orquestra, em 1934, na qual verificamos um estilo similar ao de Fresedo e um som que lembra Di Sardi.
Na orquestra, em 1934, o pianista era Miguel Nijenshon, que imprimiu para sempre o seu estilo, até depois dos anos 40. O piano fazia a ligação entre as frases musicais, com cadência e ritmo ideal para os dançarinos.
Os anos quarenta revelaram a grande a maturidade deste maestro, capaz de convocar um grupo de jovens músicos, de enorme capacidade e talento, que depois, iriam formar os seus próprios conjuntos.

Na segunda etapa, Caló desenvolve e aprofunda um estilo que une o tango tradicional com a renovação da época, sem estridências, com destacada presença de violinos, uma linha rítmica de bandoneóns e um piano.
Calo não só promoveu grandes músicos, mas também excelentes cantores que se estrearam na sua orquestra, como Raul Béron, Alberto Podestá e Raul Iriarte.

Miguel Caló foi um músico de formação teórica e estudou violino e bandoneón.
A partir de 1926, passou por diversas orquestras como a de Osvaldo Fresedo e Francisco Pracánico. Formou a sua primeira orquestra em 1929, e desfez a mesma para viajar pela Europa com o maestro Catulo Castilho e o cantor Roberto Maida.
Voltou a Buenos Aires e, passado pouco tempo, retomou a sua actividade.Em 1931 volta aos Estados Unidos na companhia da orquestra de Osvaldo Fresedo.

Não foi compositor de destaque, mas algumas obras suas são belíssimas, como os tangos:”Yo soy el Tango”, “ Jamás retornarás”, “Qué te importa que te llore”, ambos gravados na voz de Raul Berón.
O Tqango “Dos fracasos” e a milonga “Cobrate y dame el vuelto” também foram muito populares.
Em 1961, com os bandoneonistas Armando Pontier e Domingo Frederico, os violinistas Enrique Francino e Hugo Baralis, o pianista Orlando Trípodi e os cantores Raul Berón, Alberto Podestá, Caló retomou parte da formação dos anos quarenta, chamando-se “Miguel Caló e a sua orquestra de estrelas”.

(Fonte: www.portotango.com – Por: Ricardo Garcia Blaya – 24/10/05)

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