Martha Graham, uma das maiores bailarinas e coreógrafas do século XX

Martha Graham (Condado de Allegheny, Pensilvânia, 11 de maio de 1894 – Nova York, 1° de abril de 1991), revolucionou o conceito da dança moderna. Suas performances apresentavam movimentos mais livres, a partir de técnicas de respiração, expiração e relaxamento.

Martha Graham, uma das maiores bailarinas e coreógrafas do século XX. Enquanto a maioria dos artistas do que se convencionou chamar de dança moderna se preocupava apenas em arrasar, com suas ousadias, o chamado estilo clássico – aquele dos movimentos leves e esvoaçantes e das sapatilhas de ponta -, ela se insurgiu contra o passado e se preocupou em edificar o presente.

Nascida na cidade americana de Allegheny em maio de 1894, Martha estudou com Ruth St. Denis, ao lado da mitológica Isadora Duncan. Sob influência das ideias de Ruth, começou a desenvolver uma linguagem própria e, mais do que isso, a criar um método didático para difundir essa nova linguagem.

Foi uma das coreógrafas mais criativas da história do balé, sempre empenhada em lançar pontes entre a dança e outras manifestações artíticas. Grandes coreógrafos, como Merce Cunningham e José Limón, beberam nessa fonte para cimentar a sua arte.

Trabalhou com artistas plásticos e criou durante esse convívio, por exemplo, o sistema de cenários móveis – esculturas que contracenavam com os bailarinos, no palco. Seu estilo, contrariando a ideia corrente de que a dança moderna é necessariamente hermética ou abstrata, dava importância à narrativa, ao materializar histórias ou ideias em forma de balé e traduzir as emoções humanas em movimentos angulosos.

Martha deixou mais de 160 coreografias elaboradas ao longo de 60 anos de trabalho. A companhia de dança – que leva o seu nome – continua a ser uma das mais importantes do mundo. Martha faleceu dia 1° de abril de 1991, aos 96 anos, de ataque cardíaco, em Nova York.

(Fonte: Veja, 10 de abril de 1991 – ANO 24 -– N° 15 – Edição 1177 –- DATAS – Pág; 65)