María Mercedes Carranza, fundadora e diretora da Casa de Poesia Silva, a mulher por mais tempo considerada a melhor poeta da Colômbia

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María Mercedes Carranza, considerada a melhor poeta colombiana

 

 

María Mercedes Carranza (Bogotá, Colômbia, 24 de maio de 1945 – Bogotá, 11 de julho de 2003), poetisa e jornalista colombiana, fundadora e diretora da Casa de Poesia Silva

 

 

María Mercedes Carranza, a mulher por mais tempo considerada a melhor poeta da Colômbia, seguiu os passos de seu pai, o poeta Eduardo Carranza – chamado de “poeta do azul” porque ele usou muito essa palavra em seu trabalho – que morreu anos atrás. Carranza pertenceu ao movimento Piedra y Cielo, influenciado por Juán Ramón Jiménez.

 

Vagens e outros poemas, receio, são alguns dos livros do poeta falecido. No último, Juego de Palabras, brinca com os nomes dos massacres mais dolorosos que o país viveu.

 

Para Juan, no entanto, o melhor trabalho de sua irmã não são seus livros; é a Casa da Poesia Silva, um lugar onde ele popularizou o mundo dos versos e rimas.Esta bela casa, que foi a casa do melhor poeta romântico do século XIX, José Asunción Silva, estava sempre cheia de pessoas humildes, ansiosa por ouvir poetas, ouvir gravações na biblioteca … Silva suicidou-se naquela casa.

 

Nos últimos dois anos, María Mercedes tornou-se porta-voz dos reféns do país e usou a poesia para dar um “não” à violência; uma violência que, segundo ela, teve o efeito perverso: “O horror de ontem é apagado até hoje”, disse ele. Organizado, este ano, descanse em paz a morte, um evento que convocou mais de quatro mil escritores com versos condenando a guerra. No concerto de premiação, a leitura de poesia se alterna com depoimentos de vítimas de sequestro.

 

A dor que María Mercedes Carranza sentia pelo sequestro de seu irmão era imensa: ela ficou magoada com a falta de respostas do governo, que a magoou não saber por muito tempo sobre os sequestrados. Ele acreditava que se deveria lutar pela liberdade de todos os sequestrados, não apenas dos políticos sequestrados, dos “trocáveis”.

 

Como todos os parentes de mais de milhares de reféns anuais neste país, Maria Mercedes encontrou alívio enviando mensagens para seu irmão no rádio. O último enviou-o esta semana através do Caracol: “Ramiro: o que posso lhe dizer?” “Posso continuar a carregar com coragem e força.” “Só posso te desejar isso e lembrar que no dia 23 de julho o pai teria 90 anos … Na Casa Silva haverá uma palestra sobre sua poesia, em suma, tenho certeza de que nos lembraremos dele de uma maneira especial.

 

A poesia não foi a única atividade de María Mercedes Carranza. Ela foi fundadora, juntamente com seu ex-marido, Fernando Garavito, e o jornalista Daniel Samper de Estrabalario – o melhor suplemento literário do país na época – e por muitos anos editor da New Frontier Magazine. Lá estava ele a mão direita do ex-presidente Carlos Lleras. Em 1991 chegou à Assembleia Nacional Constituinte nas listas do recém-desmobilizado grupo guerrilheiro M-19-

 

 

María Mercedes Carranza faleceu em 11 de julho de 2003, em Bogotá, aos 58 anos.

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada / ILUSTRADA / da France Presse, em Bogotá – 11.jul.2003)

(Fonte: https://elpais.com/diario/2003/07/12/agenda – DIÁRIO / AGENDA / Por PILAR LOZANO – 12 DE JULHO DE 2003)

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