Malangatana Ngwenya (1936-2011), pintor moçambicano. Nomeado Artista da Paz pela Unesco.

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Malangatana Ngwenya (Matalana, 6 de junho de 1936-Portugal, 5 de janeiro de 2011), pintor moçambicano.

Nomeado Artista da Paz pela Unesco, famoso pelos retratos que fez da guerra colonial em seu país.

Ngwenya nasceu em 6 de junho de 1936 em Matalana, periferia de Lourenço Marques, capital da então província ultramarina de Moçambique. Foi pastor, agricultor, aprendiz de curandeiro e catador de bolas em um clube de tênis. Foi lá que conheceu o biólogo Augusto Cabral, que o ajudou nos primeiros passos na arte.

Sua obra é marcada por pinceladas fortes, de cores vibrantes, que retrataram os moçambicanos com expressividade e sentimento. Os retratos de rostos sofridos pela opressão colonial e pela guerra de libertação percorreram o mundo. Além de pintar, também fazia esculturas, tapeçarias e usava muitos elementos naturais nas suas obras.

O pintor passou um ano e meio nas instalações da temida e violenta Pide, que reprimia os movimentos pró-independência nas então-colônias portuguesas.

Malangatana Ngwenya morreu dia 5 de janeiro de 2011. Ele tinha 74 anos e estava no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, Portugal.
(Fonte: Zero Hora – Ano 47 – 06/01/11 – Memória)

Malangatana, o homem que pintava pessoas

O pintor moçambicano Malangatana foi também pastor, aprendiz de curandeiro e empregado doméstico.

Malangatana vendeu os primeiros quadros há 50 anos e com o dinheiro arranjou uma casa e foi buscar a família para Maputo. Meio século depois, morreu um homem do mundo, um amigo de Portugal e um dos moçambicanos mais famosos.

Pastor, curandeiro e pintor

Malangatana Valente Ngwenya nasceu a 06 de junho de 1936 em Matalana, uma povoação do distrito de Marracuene, às portas da então Lourenço Marques, hoje Maputo. Foi pastor, aprendiz de curandeiro (tinha uma tia curandeira) e mainato (empregado doméstico).

A mãe bordava cabaças e afiava os dentes das jovens locais (uma moda da altura), o pai era mineiro na África do Sul. Com a mãe doente e um pai ausente, Malangatana foi viver com o tio paterno e estudou até à terceira classe. Só. Aos 11 anos começou a trabalhar porque já era “adulto” e podia fazer tudo, de cuidador de meninos a apanha-bolas no clube de tênis.

(Fonte: www.aeiou.expresso.pt – 5 de Janeiro de 2011)

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