Ludvik Svoboda (1895-1979), general e ex-presidente da Checoslováquia (1968-1975).

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Ludvik Svoboda (1895-1979), general e ex-presidente da Checoslováquia (1968-1975). Nascido em 1895, perto de Bratislava, quando a Checoslováquia ainda fazia parte do Império Austro-Húngaro, Svoboda, filho de um fazendeiro da província da Morávia, estava estudando Agronomia quando começou, em 1914, a I Guerra Mundial. Convocado, lutou no fronte russo pelo Exército austro-húngaro, aliado da Alemanha.

Aprisionado pelos russos, entrou na Legião Checa, organizada na Rússia para defender a independência da Checoslováquia, obtida ao fim da guerra. Em 1938, quando a Alemanha nazista ocupou parte da Checoslováquia , os montes Sudetos, Svoboda era comandante de um batalhão. Em 1939 os alemães ocuparam o restante da , obtida ao fim da guerra. Em 1938, quando a Alemanha nazista ocupou parte da Checoslováquia e Svoboda fugiu para a União Soviética pela Polônia, tendo em caminho organizado militarmente um pequeno grupo de refugiados. Em território soviético, o grupo cresceu e se tornou uma brigada que, sob o comando de Svoboda, ajudou o Exército Vermelho soviético a expulsar os nazistas da Checoslováquia.

Já general, Svoboda tornou-se ministro da Defesa e foi o principal organizador do novo Exército checo. Quando os comunistas tomaram o poder em 1948, coube-lhe o cargo de vice-primeiro-ministro, mas acabou sendo expurgado e, depois de um período na prisão, ficou como guarda-livros em uma fazenda coletiva. Por influência de seu amigo, recém-nomeado chefe do Partido Comunista soviético, Nikita Kruschev – que visitou a Checoslováquia e quis saber da situação de seu antigo companheiro militar na Ucrânia -, Svoboda foi reabilitado e nomeado chefe da Academia Militar checa até aposentar-se em 1959. Com a queda em 1968 do à época presidente e chefe do PC checo Antonin Novotny, Svoboda foi eleito presidente em março, enquanto Alexander Dubcek era indicado chefe do Partido, no início da chamada Primavera de Praga.

Em agosto, as tropas dos outros países do Pacto de Varsóvia intervieram na Checoslováquia, derrubando Dubcek, mas Svoboda foi mantido, apesar de se ter oposto à invasão. Já no ano seguinte, Svoboda manifestou oficialmente seu apoio à intervenção do Pacto de Varsóvia, num gesto interpretado como a tentativa de garantir uma posição de força para ter condições de defender do expurgo o grupo de Dubcek. Em 1973, Svoboda foi reeleito presidente mas, antes de terminar seu mandato em cinco anos, renunciou em 1975, alegando, aos 80 anos, questões de saúde. Svoboda morreu dia 21 de setembro de 1979, aos 83 anos, de ataque cardíaco, em Praga.

(Fonte: Veja, 26 de setembro, 1979 – Edição n.° 577 – Datas – Pág; 114)

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