Lord George Byron, foi o mais romântico e mais libertino dos poetas românticos.

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Poeta devasso

Byron: 300 mulheres e cinco homens

Lord George Byron (Londres, 22 de janeiro de 1788 – Missolonghi, Grécia, 19 de abril de 1824), foi o mais romântico e mais libertino dos poetas românticos, do ponto de vista privilegiado do próprio poeta a espreitar gostosamente a alcova movimentada de Byron (o poeta calcula que cerca de 300 mulheres e meia dezena de rapazes passaram por ela), a acompanhar suas conversas com intelectuais como o infortunado Shelley, a flatulenta Madame de Staël, o divertido romancista senhor Beyle (de pseudônimo Stendhal), conversas em que ponteiam análises e maledicências sobre outros contemporâneos, como Wordsworth, Goethe, Coleridge e Keats.

O poeta Byron possuía uma vastíssima bibliografia, escritas em circunstâncias da vida, e foram construído como se fosse um diário, obras famosas como As Peregrinações de Childe Harold, Bepo, Uma História Veneziana e o satírico e “moderno” Don Juan, influenciado pelo Don Giovanni, de Mozart com libreto de Lorenzo da Ponte, que assistiu em Veneza.

As memórias de Byron foram queimadas pelo inventariante, John Hobhouse, seu amigo de juventude e companheiro de viagens, diante de seu editor, a pedido da meio-irmã do poeta, Augusta Leigh.

Eram terrivelmente obscenas, a julgar pelo que escreveu Hobhouse nas suas próprias lembranças de Byron: “Eram dignas apenas de um bordel”. E exporiam o amigo “a infâmia eterna.”

DEVASSO – Seis das 300 mulheres de Byron têm destaque: lady Caroline Lamb, a esposa Annabella, com quem teria cometido o crime de sodomia, a meio-irmã Augusta, amor incestuoso, Claire Clairmont, irmã da amante de Shelley, a apetitosa mulher do padeiro La Fornarina, italiana, e a última amante fixa, a jovem condessa italiana Teresa Gamba, amor da idade madura.

Byron fascinava as mulheres, uma dizia que era por sua fama de estar “sempre pronto.” Talvez também ajudasse a fama de devasso, que o fez exilar-se da Inglaterra, para não ser preso.

Talvez seus poemas de melancolia romântica ajudassem. Talvez até seu pé torto influísse. Uma frase de Byron sobre “a amargura corrosiva que uma deformidade engendra no espírito”. Mas foi cobiçado sobretudo por sua beleza física.

A atividade de Byron como revolucionário é pouco brumosa, embora traia o viés moderno. A sua poesia de “pose romântica”, como As Peregrinações de Childe Harold, Horas de Indolência, O Corsário, é desvalorizada em comparação com o dom-juan. Talvez o único poeta real, em tudo e por tudo.

Byron faleceu em abril de 1824, em Missolonghi, na Grécia.

(Fonte: Veja, 14 de junho de 1995 – Ano 28 – N° 24 – Edição 1396 – LIVROS/ Por Ivan Ângelo – Pág: 117)

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