Alois Brunner, criminoso de guerra nazista, foi responsável pela morte de 130 mil judeus

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Criminoso de guerra nazista

Alois Brunner deportou 128.500 judeus para campos de extermínio.

 

Foto de arquivo do oficial nazista Alois Brunner (Foto: AFP)

Foto de arquivo do oficial nazista Alois Brunner (Foto: AFP)

 

 

Alois Brunner (Rohrbrunn, Áustria, 8 de abril de 1912 – Damasco, Síria, 2001), criminoso de guerra nazista, foi responsável pela morte de 130 mil judeus, que após a guerra fugiu para Damasco com o nome de Georg Fischer. Alemanha e outros países pediram sua extradição, sem sucesso.

 

O nazista Brunner, chefiava o campo de Drancy, onde judeus franceses eram mortos dentro de câmaras de gás.

 

O criminoso de guerra, nascido na Áustria, fugiu da Alemanha no fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) rumo ao Egito com um passaporte em nome de Georg Fischer. Ele envolveu-se no movimento pela independência da Argélia antes de mudar-se para a Síria.

 

Em Damasco, Brunner colaborou com a polícia secreta, transferindo métodos de interrogação – e tortura – desenvolvidos pelos nazistas na Alemanha. Ele sobreviveu, segundo relatos, a uma bomba, perdendo um olho e quatro dedos na explosão.

 

Nascido em abril de 1912, Brunner era o braço direito de Adolf Eichmann (1906-1962), principal responsável pelo extermínio de judeus durante a II Guerra Mundial.

 

Adolf Eichmann em seu julgamento (Reprodução/VEJA)

Adolf Eichmann em seu julgamento (Reprodução/VEJA)

 

Brunner foi responsável pela deportação de 128.500 judeus para campos de extermínio e escapou de várias tentativas de assassinato com cartas-bomba, atribuídas ao Mossad, os serviços secretos israelenses.

 

Na França, Brunner foi – a partir de julho de 1943 – chefe do campo de concentração de Drancy, na região de Paris, e responsável pela deportação para Auschwitz de cerca de 24 mil judeus franceses ou residentes na França.

 

Brunner também esteve diretamente envolvido na deportação de 47 mil judeus austríacos, 44 mil gregos e 14 mil eslovacos.

 

A revista francesa “XXI” diz, porém, que o nazista esteve sob uma espécie de prisão domiciliar em Damasco a partir de 1989, limitado à área subterrânea de seu apartamento, um porão, onde definhou em condições esquálidas. Brunner tinha à época 89 anos.

 

A investigação francesa foi elogiada pelo notório caçador de nazistas Serge Klarsfeld. A revista entrevistou ex-funcionários do serviço secreto sírio. Segundo eles, Brunner não arrependeu-se dos crimes e morreu ainda como antissemita.

 

Alois Brunner morreu muito provavelmente na Síria, em 2001, disse Efraim Zuroff, diretor em Jerusalém do Centro Simon Wiesenthal.

 

“Estou quase certo de que Alois Brunner não está mais vivo e que morreu há quatro anos, na Síria, onde vivia como refugiado”, revelou Zuroff.

 

“Obtivemos esta informação de um antigo agente dos serviços de Inteligência da Alemanha e decidimos retirar Brunner da lista de criminosos nazistas procurados”, destacou Zuroff.

 

“Era um fanático anti-semita, um sádico, que se envolveu totalmente em massacres de judeus europeus”, disse Efraim Zuroff.

 

Após o provável falecimento de Brunner, o criminoso de guerra nazista mais procurado é agora Gerhard Sommer, um ex-suboficial da 16ª Divisão SS Reichsführer, condenado à revelia em junho de 2005 à prisão perpétua pela morte de 560 civis italianos na Toscana (Itália).

 

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/01- MUNDO/ Por Diogo Bercito – de Madri – 11/01/2017)

(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/12 – NOTÍCIA – MUNDO / Da France Presse – 01/12/2014)

(Fonte: Zero Hora – ANO 42 – N° 14.676 – 30 DE OUTUBRO DE 2005 – ESPECIAL – Pág: 3)

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