Liêdo Maranhão, escitor, considerado o maior pesquisador da sacanagem popular brasileira.

0
Powered by Rock Convert

O velho safado

Liêdo foi também escultor e fotógrafo e pesquisou a cultura popular no NE.

Liêdo Maranhão (São José, no Recife, 1925 – Recife, 14 de maio de 2014), escitor, pesquisador, considerado o maior pesquisador da sacanagem popular brasileira.

Ele nasceu no bairro de São José, no Recife, em 1925, e era formado em odontologia.

Liêdo também foi escultor e fotógrafo, mas ficou mais conhecido pelas pesquisas que fez sobre a literatura de Cordel e o Mercado de São José. Publicou o livro “O mercado, sua praça e a cultura popular do Nordeste”, com fotos feitas por ele. O pesquisador também era um colecionador de objetos ligados à cultura nordestina, como esculturas, livros e cartões postais.

Liêdo Maranhão de Souza nasceu no bairro de São José, na cidade do Recife, no dia 3 de julho de 1925. Formou-se em Odontologia, pela Faculdade de Medicina, Odontologia e Farmácia do Recife, no final da década de 1940. Em novembro de 1949, fundou com alguns amigos e seu irmão Joviniano a Escola de Samba Estudantes de São José, uma das mais tradicionais do carnaval pernambucano.

Em 1964, começou a fazer esculturas de madeira e foi premiado no Salão de Arte do Estado de Pernambuco. Participou também do Atelier + 10, situado na Rua do Amparo, em Olinda, ao lado de artistas plásticos como João Câmara, Anchises Azevedo. Wellington Virgolino, Vicente do Rego Monteiro, Montez Magno, Delano e Maria Carmem.

Foi integrante do Partido Comunista Brasileiro, no qual militou até depois do golpe militar de 1964. Chegou a ser Secretário de Finanças do Diretório Municipal e teve ligações com Movimento de Cultura Popular do Recife, no primeiro governo de Miguel Arraes.

Em 1967, começa viajar pelo interior em busca de folhetos de cordel para uma pesquisa sobre o cangaço, apaixonando-se pela literatura popular. Foi colaborador da Revista Equipe, dos servidores da Sudene e do Jornal Universitário, da Universidade Federal de Pernambuco, escrevendo sobre poesia popular.Em 1977, ganhou o primeiro prêmio de escultura no XXX Salão Oficial de Arte do Museu do Estado de Pernambuco.

Escritor, escultor, cineasta e fotógrafo, Liêdo foi considerado um dos maiores colecionadores da cultura popular do Nordeste brasileiro, juntando documentos, depoimentos de populares nas ruas do Recife, garimpando publicações antigas nos sebos da cidade, principalmente, sobre medicina popular e culinária, que datam no final do século XIX e início do XX e objetos artísticos há mais de trinta anos.

A sua casa é uma mistura de galeria de arte, museu e biblioteca, espaço hoje denominado de Casa da Memória Popular. Esculturas de ferro retiradas de construções demolidas do Recife; obras assinadas por artistas como João Câmara, Bajado, José Cláudio; esculturas em pedra e madeira feitas por artistas populares e anônimos; coleções de livros raros e preciosos; folhetos de cordel; xilogravuras; flâmulas e panfletos de campanhas políticas; cartões postais, entre outros documentos da cultura popular nordestina. O acervo é estimado em mais de dez mil unidades.

Liêdo Maranhão morreu em 14 de maio de 2014, no Recife, na clínica Santa Terezinha. Liêdo sofreu uma queda em casa no dia 24 de dezembro de 2013 e quebrou o fêmur. Ficou internado, por quase vinte dias, em uma clínica de fraturas, e sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) dez dias após receber alta.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/2014/05/1454218- 14/05/2014)
(Fonte: http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2014/05 – PERNAMBUCO – Do G1 PE – 14/05/2014)
(Fonte: http://radiojornal.ne10.uol.com.br/2014/05/14 – Da Rádio Jornal, com informações do arquivo da Fundação Joaquim Nabuco – CULTURA – 14/05/2014)

Powered by Rock Convert
Share.