Libertad Lamarque, atriz e cantora argentina que atuou em 60 filmes e gravou mais de 200 discos

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Libertad Lamarque, rainha do tango no cinema

Libertad é lembrada pela imprensa especialista como a mais popular intérprete de tango da história.

Libertad Lamarque, rainha do tango (Foto: elaguijonmusical.over-blog.es)

Libertad Lamarque, rainha do tango (Foto: elaguijonmusical.over-blog.es)

Libertad Lamarque (Rosário, 25 de novembro de 1908 – Cidade do México, 12 de dezembro de 2000), atriz e cantora argentina que atuou em 60 filmes e gravou mais de 200 discos.

Desde 1946, a cantora vivia entre o México e Miami. Ela abandonou seu país natal devido à séria inimizade com Eva Perón.

A cantora e atriz marcou época no cinema latino-americano e no tango. Entre seus trabalhos de destaque estão Madreselva, Huellas del pasado e Te sigo esperando.

Nascida na cidade argentina de Rosario, seus biógrafos contam que seu pai era um militante anarquista uruguaio, que estava detido quando ela nascia, em 25 de novembro de 1908. Por esse motivo, ele teria pedido à mãe espanhola que colocasse na filha o nome Libertad (Liberdade).

A cantora começou como atriz na companhia dirigida pelo dramaturgo argentino Pascual Carvallo, em 1924. Chegou a fazer parte do cinema mudo, com seu primeiro filme, Adiós, Argentina (1930), numa época em que o som ainda não havia chegado às salas da Argentina. Seu primeiro filme sonoro, entitulado Tango, data de 1932, e nele trabalharam outras lendas do cine argentino, como Luis Sandrini, Pepe Arias, Alberto Gómez e Mercedes Simone.

Logo a atriz começou a ser requisitada em diversas produções no país. Foi a protagonista de muitos filmes entre os anos 30 e 40. Entre eles estão Besos Brujos, Encuentro en la Frontera, Puertas Cerradas e Madreselva.

Durante as filmagens de La Cabalgata del Circo, em 1945, envolveu-se num incidente com a então jovem atriz Eva Duarte, no qual aplicou-lhe um doloroso tapa no rosto. O episódio trouxe graves conseqüências para Libertad, quando sua rival acabou se casando com o recém eleito presidente Juan D. Perón.

Libertad sofreu um forte boicote dos cinemas e das rádios, o que a motivou a mudar-se para o México em 1948, onde continuaria sua carreira, fazendo mais de 30 filmes.

Ela regressou a Argentina em 1970, onde filmou La Sonrisa de Mamá, com o cantor Ramón Ortega, e trabalhou na televisão, numa temporada da versão argentina da comédia musical Hello, Dolly.

Ela já havia se rendido à televisão no México, onde gravou várias telenovelas. Entre elas, A Usurpadora, recentemente transmitida pelo canal brasileiro SBT. Antes de morrer ainda filmava cenas para a novela infanto-juvenil Carita de Angel.

Apesar de gravar no México, a atriz procurava sempre voltar a sua casa em Coral Gables, próxima à Miami, na Flórida, onde adorava descansar na sua piscina coberta, entre seus oito gatos. Dizem que seus 92 anos não eram muito evidentes.

Apesar da baixa estatura e do andar lento, estava sempre esperta, inquieta e com muito bom humor. Dizem que quando dava entrevistas a jornalistas e estes a assediavam com perguntas às quais ela não sabia responder, ela chamava sua fiel assistente Irene López e pedia: “Irene, conteste-os por mim”.

Por esses gracejos, pela carreira e pela popularidade, ela acabou conhecida na América Espanhola como “Namoradinha da América”. Foi assim batizada nos anos 40 pelo jornalista cubano Ciro de la Concepción, quando foi pela primeira vez à Havana para inaugurar o Teatro América.

Outros filmes famosos em que atuou foram Outra Primavera, contracenando com Carlos Navarro; Cuatro Copas, com Miguel Aceves Mejía; e Yo Pecador, com Pedro Armendáriz. Também esteve no clássico de 1952 Rostros Olvidados.

Como cantora, Lamarque interpretou, entre os tangos mais conhecidos, Nostalgias, Cuando Vuelva a Tu Lado, Historia de un Amor, Arráncame la Vida, En Esta Tarde Gris, Mi Noche Sin Ti, Cantando, Mocosita e Inspiración.

Nos últimos meses, Libertad gravava a novela infantil Carita de Angel, na qual interpretava uma religiosa diretora de uma escola. Em janeiro, Libertad estrelava a novela A Usurpadora, no SBT, como vovó Piedade.

A artista havia dado entrada no Hospital Santaelena, da Cidade do México, sofrida de uma grave deficiência respiratória. Ela morreu de complicações consequentes, na manhã de 12 de dezembro de 2000, aos 92 anos.

(Fonte: http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2000 – CADERNO 2 – MÚSICA – 13 de Dezembro de 2000)

(Fonte: http://www.terra.com.br/istoegente/72/tributo – TRIBUTO/ Por por Vanya Fernandes – Dezembro de 2000)

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