Lew Wasserman, foi o homem mais influente do cinema americano depois da Segunda Guerra Mundial

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Lew Wasserman, magnata de Hollywood

O produtor foi o homem mais influente do cinema americano depois da 2.ª Guerra Mundial e generoso doador de fundos para o Partido Democrata
Lew Wasserman, o mais poderoso magnata de Hollywood na fase posterior à 2.ª Guerra Mundial. Detendo um poder que manteve até 1998, Wasserman influiu diretamente na indústria do entretenimento e também na política americana.

Como presidente e principal executivo da MCA (Music Corporation of America), Wasserman controlava a empresa, proprietária dos estúdios Universal. Quando a MCA foi vendida, em 1990, à japonesa Matsushita, por US$ 6,6 bilhões, Wasserman ficou com US$ 350 milhões e foi mantido como gerente. Cinco anos depois, a Seagram comprou a empresa. Wasserman então se aposentou como gerente, mas recebeu o título de presidente de honra e continuou no conselho diretor até 1998.

Wasserman começou a trabalhar na MCA com 23 anos, em 1936, na função de caçador de talentos. Dez anos depois ele já era presidente da empresa. Ao longo de décadas, Wasserman granjeou a reputação de impiedoso. Ele admitia ser “duro, mas justo”. Durante os mais de 50 anos sob seu comando, a MCA tornou-se um império que atuou nos ramos de cinema, televisão, videocassete, discos e rádio, entre outros.

Sob a orientação de Wasserman foram produzidos grandes sucessos do cinema, como Um Golpe de Mestre, Tubarão, E.T. – O Extraterrestre e Entre Dois Amores, e séries de TV como Miami Vice, Kojak e Columbo.

O magnata manteve uma amizade duradoura com Ronald Reagan, desde que ele era um ator de filmes classe B até seus dois mandatos como presidente dos Estados Unidos. Apesar de sua fidelidade ao político republicano, Wasserman sempre foi um generoso doador de fundos para o Partido Democrata, tendo recebido do presidente Bill Clinton a Medalha da Liberdade, a principal honraria concedida pelo governo norte-americano.

Wasserman sempre foi um homem de bastidores, pouco conhecido do público, a não ser por meio de algumas biografias (como O Último Magnata, de Dennis McDougal, de 1998) e por sua intensa atividade caritativa. Em 1973, ele recebeu o prêmio Jean Hersholt da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, o Oscar humanitário.

Wasserman nasceu em 1913 em Cleveland, Estado de Ohio, filho de um casal de judeus que havia fugido de perseguições na Rússia czarista cinco anos antes. Wasserman pretendia cursar a faculdade, mas não podia pagá-la, em plena Grande Depressão. De todas as suas muitas qualidades profissionais, a mais destacada, desde o início, sempre foi farejar talentos.
(Fonte: www.estadao.com.br – CADERNO 2 – Cinema – 4 de Junho de 2002)

CAMPEÃO DE BILHETERIAS

Lew Wasserman (Cleveland, Ohio, 22 de março de 1913 – Beverly Hills, 3 de junho de 2002), magnata do entretenimento. A maioria dos cinéfilos pode nunca ter ouvido falar de Lew Wasserman. Mas sem ele a história do cinema teria sido outra. Depois de ingressar no meio como agenciador de artistas do segundo escalão – um deles era Ronald Reagan, que viria a tornar-se presidente dos Estados Unidos –, Wasserman fez carreira na Music Corporation of America (MCA), proprietária dos estúdios Universal. Chegou ao comando da companhia em 1946, posto que ocupou por 52 anos. Enquanto a maior parte da indústria cinematográfica encarou o surgimento da televisão como ameaça, ele percebeu a oportunidade de fazer bons negócios. Comprou da Paramount um acervo de 750 filmes e mais tarde os vendeu a peso de ouro a emissoras de TV interessadas em reforçar a programação. Nos anos 70, revolucionou a indústria do entretenimento ao preparar uma campanha de marketing de proporções nunca vistas para o lançamento de Tubarão, do novato Steven Spielberg.

Anunciou a estréia do filme durante semanas no horário nobre da TV e o exibiu simultaneamente em quase 1 000 salas espalhadas pelos Estados Unidos. Até então, as novas produções partiam lentamente de Nova York e Los Angeles para as demais regiões. Milionário, Wasserman ganhou influência política ao se tornar um dos principais financiadores das campanhas do Partido Democrata. Um dos beneficiados, Bill Clinton, concedeu-lhe a Medalha da Liberdade, principal honraria dada a civis pelo governo americano. Wasserman morreu em Beverly Hills dia 3 de junho de 2002, aos 89 anos, em conseqüência de um derrame cerebral.

(Fonte: Veja, 12 de junho, 2002 – ANO 35 – N° 23 – Edição n° 1755 – DATAS/LUPA – Pág; 120/121)

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