Konstantin Chernenko, dedicou sua carreira política ao Partido Comunista.

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Konstantin Chernenko (1984-1985)

Konstantin Ustínovitch Chernenko (Império Russo, 24 de setembro de 1911 – Moscou, 10 de março de 1985), presidente da URSS e secretário-geral do Partido Comunista soviético. Foi líder soviético apenas onze meses no poder, ao qual praticamente já chegou agonizante.

Chernenko dedicou sua carreira política ao Partido Comunista, tendo grande importância durante o governo de Stalin e Brejnev. Perdeu a disputa pelo poder com Andropov, mas foi eleito o secretário-geral do partido com a morte do colega em 1984. Coordenou uma reforma educacional na União Soviética e uma reestruturação burocrática do estado. Chernenko ficou apenas um ano no poder.

Com problemas de saúde, Chernenko morreu em 10 de março de 1985, aos 73 anos, de enfisema pulmonar e complicações renais e hepáticas, em Moscou.

LUTO E SAGRAÇÃO – Os próprios russos só foram informados oficialmente da morte de seu líder às 14 horas. Exatas 4 horas e 15 minutos depois, a agência Tass proclamava a decisão do Comitê Central do Comitê Central do PC de instalar – como sempre por unanimidade – Gorbachev no trono que já pertenceu a Vladimir Lênin, Josef Stálin, Nikita Kruschev, Leonid Brejnev, Yuri Andropov e Chernenko.

A sagração de Chernenko como secretário-geral do Partido Comunista teve que esperar dias até ser proclamado. O cargo protocolar de presidente da República, que seus antecessores, desde Brejnev, passou a acumular com o de chefe do partido, numa reunião do Soviete Supremo.

E houve ainda outras diferenças, em relação às últimas sucessões no Kremlin. O corpo de Chernenko só ficou exposto ao público um dia e meio, menos da metade do tempo concedido a Brejnev e Andropov. Não foi decretado sequer feriado escolar, e pela primeira vez o necrológio e a fotografia do líder morto foram relegados à segunda página do jornal oficial, Pravda, com a primeira reservada apenas à notícia da morte e ao perfil e à foto do novo líder.

Só no velório e no funeral preservou-se integralmente a tradição. Mais uma vez os soviéticos se mostraram imbatíveis, em termos de beleza e de imponência, na organização do funeral de um chefe de Estado, algo em que inclusive ganhando prática – três foram realizados nos últimos dois anos e meio. Do mesmo modo que ocorreu com todos os demais líderes soviéticos que faleceram no poder, desde Lênin, o corpo de Chernenko ficou em câmara ardente no chamado Salão das Colunas do Palácio dos Sindicatos, o mesmo onde realiza-se o inconcluso campeonato mundial de xadrez. Só o busto pálido e marmóreo de Chernenko emergia no topo do catafalco levemente inclinado, recoberto por coroas de flores e insígnias em tons de vermelho.

Dirigentes do partido, do governo, dignitários estrangeiros e milhares de cidadãos russos que enfrentaram filas sob um frio de 5 graus negativos desfilaram ali numa última homenagem, enquanto uma orquestra de quarenta músicos, escondida pela semipenumbra num canto, executava continuamente o lânguido Adágio, de Tommaso Albinoni.

O cortejo até a muralha do Kremlin, na Praça Vermelha, onde Chernenko agora repousa num pequeno cemitério atrás do mausoléu de Lênin, ao lado de apenas outros onze líderes e heróis soviéticos, foi ainda mais impressionante. O esquife, pousado sobre uma carreta militar aberta e decorada de vermelho, foi escoltado por soldados que marchavam em passo. Atrás, a viúva, Anna, caminhava cercada por outros familiares, adiante dos dirigentes do partido, enquanto uma banda militar tocava a marcha fúnebre de Chopin, retransmitia por alto-falantes para toda a praça. “Adeus caro Konstantin Ustinovitch”, disse Gorbachev, já na qualidade de novo líder, do alto da tribuna do mausoléu de Lênin, diante do esquife aberto e de milhares de moscovitas e soldados perfilados ao redor. Salvas de canhão, apitos de fábricas e sirenes de navios em toda a União Soviética marcaram o momento em que o caixão baixou à sepultura.

A sucessão ocorrida no Kremlin foi, na verdade, a mais previsível e corriqueira da história da URSS, responsável por menos sobressaltos e especulações do que a abrupta posse, abriu caminho a ascensão e sagração de Mikhail Gorbachev, finalmente um líder soviético jovem, vigoroso e visível.

(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo – MUNDO – RÚSSIA – Do G1, em São Paulo – 23 de abril de 2007)
(Fonte: Veja, 20 de março de 1985 – Edição nº 863 – INTERNACIONAL – Pág; 68/73 – DATAS – Pág; 131)

Chernenko eleito líder da URSS

O conservador Kostantin Chernenko assumiu em 13 de fevereiro de 1984, a secretaria-geral do Partido Comunista Soviético, como sucessor de Yuri Andropov, que morreu em 9 de fevereiro.

Em seu primeiro discurso, ele pronunciou-se a favor de “negociações sérias, construtivas e de igual para igual”, deixando aberta a porta para eventuais contatos com o Ocidente, sem permitir “que seja rompido o equilíbrio militar alcançado”.

(Fonte: Zero Hora – ANO 50 – N° 17.658 – HÁ 30 ANOS EM ZH – 14 de fevereiro de 1984 – Pág: 63)

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