Kirk Alyn, foi o primeiro Superman em movimento apresentado ao mundo, no desenho criado pela Paramount

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Superman uma história de renascimentos, reinvenções, muitas faces e fases. O herói passou por uma Guerra Mundial, tragédias pessoais, momentos bons e outros bem longe disso, mas, em meio a isso tudo, se mostrou indestrutível.

Kirk Alyn, interpretando Super-Homem (www.icollector.com)

Kirk Alyn, interpretando Super-Homem (www.icollector.com)

Kirk Alyn (Oxford, Nova Jérsei, 8 de outubro de 1910 – 14 de março de 1999), foi o primeiro Superman em movimento era apresentado ao mundo, no desenho criado pela Paramount

Criado por Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938, o Super-Homem chegou ao cinema 10 anos depois, em uma série de episódios curtos. Kirk Alyn foi o primeiro ator a interpretar o kriptoniano. Antes da produção da Columbia Pictures, o herói apareceu em desenho animado.

O primeiro Superman da história começou a ser pensando em 1933. O autor, Herbert S. Fine, na verdade um pseudônimo usado por Jerry Siegel, se tornaria um dos futuros criadores do Homem de Aço. Os desenhos foram feitos pelo ilustrador canadense Joe Shuster. Cinco anos depois, os dois juntos dariam forma ao herói que entraria para o imaginário de gerações.

Em “Superman” de 1948, Clark Kent, criado por um casal de fazendeiros, chega a Metrópolis para trabalhar no jornal “Planeta Diário”. Logo descobre um plano malévolo da sinistra “Mulher Aranha”, interpretada por Carol Forman (1918-1997).

Na capa da primeira edição do Superman, ele já aparece com o famoso uniforme azul e vermelho. Desde o primeiro desenho do alterego do herói, o jornalista Clark Kent, ele tentava conquistar o coração da colega de redação, Lois Lane.

Lançada ao preço de 10 centavos de dólar, em 1938, a revista  traz o Super-Homem com a cueca vermelha (Foto: AP)

Lançada ao preço de 10 centavos de dólar, em 1938, a revista traz o Super-Homem com a cueca vermelha (Foto: AP)

No Brasil, até os anos 70, a personagem era conhecida como Miriam Lane. Os editores por aqui, achavam que o nome  Lois podia ser confundido com Luís.

Outra curiosidade dos primeiros tempos do Superman: ele não voava.  Para combater o crime em Metrópolis, dava grandes saltos. A cidade foi inspirada inicialmente em Cleveland, onde Siegel e Shuster foram criados, mas acabou virando uma analogia a Nova York.

A voz do Superman foi ouvida pela primeira vez no início da década de 40, em um programa de rádio que duraria dez anos. O sucesso logo levou o herói para a televisão. Um ano depois, o primeiro Superman em movimento era apresentado ao mundo, no desenho criado pela Paramount. Kirk Alyn foi o primeiro de carne, osso, e claro, músculos.

Em 1948 estreou o primeiro filme sobre o Super-Homem: “O Poder do Super-Homem”. Kirk Alyn foi o ator que aceitou este desafio, sendo o estreante na pele do super-herói. O seu primeiro desafio foi vencer Spider Lady e salvar a Terra!

Mas o primeiro a conquistar o público foi George Reeves. Com 37 anos quando começou a interpretar o papel, estrelou mais de 100 episódios da série ‘As aventuras do Superman’. As entradas em cena sempre eram curiosas, com ele pulando no cenário.

Prestes a estrear uma nova temporada e no auge do sucesso, o ator foi encontrado morto. A principal hipótese foi suicídio, mas o caso nunca seria totalmente esclarecido.

Lidar com a morte também foi uma constante na trajetória do personagem: primeiro, do pai biológico, vítima da explosão em Krypton; depois do pai adotivo, Jonathan Kent, que o encontrou junto com a esposa Martha na cidade de Smallville.

A juventude de Clark foi contada no seriado que fez muito sucesso e durou dez anos. Uma curiosidade: a atriz Annette o’Toole, que vivia a mãe de Clark na série, tinha interpretado Lana Lang, paixão do herói na adolescência, no filme ‘Superman 3’.

O herói mais uma vez se reinventava e alcança uma nova geração. Em mais de sete décadas, viveu grandes momentos, mas também alguns bizarros. O que dizer dos super animais Kripto, o super cão, além de um cavalo, um macaco… Todos com direito a uniforme.

Surgiu uma prima, a Super Girl, Kryptonitas de todas as cores possíveis, um Superman cantando, lutando e dançando ao mesmo tempo. E o que dizer da espécie de ‘TV Colosso’ com a história do Superman? As versões caninas de Clark e companhia eram interpretadas por anões.

Um ponto chave e que marcou um recomeço na história de Superman é o filme de 1978 dirigido por Richard Donner. Antes de sair voando de capa e uniforme, uma longa viagem teve que ser feita. O bebê Kal-El foi enviado pelo pai à Terra, escapando da destruição iminente do planeta natal, Krypton.

O papel de Jor-El foi de Marlon Brando, consagrado na época depois ter ganho o Oscar pela atuação em ‘O Poderoso Chefão’. Para aparecer por apenas dez minutos, Brando ganhou um cachê de US$ 4 milhões. O vilão Lex Luthor ficou com o também consagrado Gene Hackman.

Superman enfrenta Luthor disfarçado de Homem Atômico (Foto: Divulgação)

Superman enfrenta Luthor disfarçado de Homem Atômico (Foto: Divulgação)

Mas quem faria o papel do herói? Vários atores participaram dos testes, mas o novo Superman seria um até então desconhecido, com apenas um filme no currículo na época. Com 1,93 m de altura e 26 anos, o escolhido foi o nova-iorquino Christopher Reeve.

Várias atrizes também fizeram testes para viver Lois Lane. A namorada do herói seria vivida pela canadense Margot Kidder, quatro anos mais velha. O filme estourou, com bilheteria de mais de US$ 300 milhões, seis vezes mais que o dinheiro gasto no longa.

Muitos produtos vieram na sequência, pegando carona com o herói voador. O sucesso foi tanto que vieram mais três filmes. A “esticada” prolongada se mostrou uma aposta errada.’Superman 4’, com efeitos especiais sofríveis, foi um fracasso de crítica e público.

O herói agonizou, mas sobreviveu. Nos quadrinhos, ganhava um perfil mais humano, não tão indestrutível. E a série ‘Lois & Clark’, de 1993, destacou o romance entre os dois jornalistas do Planeta Diário. E deu até casamento.

O homem de aço ficou tão humano, mas tão humano, que o impensável aconteceu. O Superman morreu. Foi uma das maiores jogadas de marketing da história dos quadrinhos: repercussão mundial e três milhões de revistas vendidas.

Mas ele não ficou muito longe de Metrópolis. Graças a uma trama mirabolante, nosso herói voltou a combater o crime e beijar Lois Lane. O romance seria abalado em ‘Superman – o retorno’, de 2006, que tentava ressuscitar a franquia nos cinemas. Agora, vivido por Brandon Routh, o homem de aço volta à terra depois de cinco anos e encontra Lois noiva e mãe de uma criança.

Apesar das críticas positivas, o longa não foi bem tão bem nas bilheterias. Um dos destaques foi a participação de Marlon Brando numa recriação digital. Morto dois anos antes do lançamento, o ator apareceu mais uma vez na pele do pai do herói. E os fãs não vêem a hora de voltar ao cinema.

Chegou às salas ‘Homem de aço’, com o britânico Henry Cavill na pele do herói. O filme volta a contar as origens do Superman, em uma abordagem semelhante à do novo Batman. Não por acaso, o produtor é Christopher Nolan, que dirigiu a trilogia sobre o homem morcego.

O novo homem de aço vai ter o desafio de substituir aquele que é considerado o Superman inesquecível, Crhistopher Reeve na ficção e principalmente na vida real. O homem que voava na tela ficou refém do próprio corpo depois de uma queda de cavalo em 1995, perdeu todos os movimentos do pescoço para baixo, mas usou muito bem a sua voz.

Virou um dos maiores ativistas pelas pesquisas com células tronco. Sempre com a esposa ao lado, comoveu com seu exemplo e fez uma emocionante participação especial em Smallville. Dois anos depois da cena, a última que faria, o herói de carne e osso morreria.

Sempre atuante e sorrindo, deixou um legado que nunca vai ser esquecido. Na mente dos fãs, ele revive cada vez que vemos suas cenas. Como um bom herói, alcançou o sonho da eternidade, coisa para super homens.

(Fonte: http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2013/06 – GLOBO NEWS – Edição do dia 27/06/2013)

(Fonte: http://entretenimento.pt.msn.com/cinema – CINEMA- de Cláudia Godinho – Cinéfilos.tv – 02/09/2014)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2013/07/1310491- da Livraria da Folha – 12/07/2013)

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