Kenneth Mackenzie Clark (1903-1983), popular historiador de arte, um dos mais populares do mundo.

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Kenneth Mackenzie Clark (1903-1983), popular historiador de arte inglês. Os íntimos o chamavam de “K”. Nas cerimônias, era anunciado como lorde Kenneth Mackenzie Clark. Para a imensa legião de admiradores que cultivou ao redor do mundo, porém, ele era Kenneth Clark, o autor de Civilização, obra mais conhecida do mais popular historiador de arte inglês e um dos mais populares do mundo. Civilização, série de televisão produzida pela BBC londrina, foi vista em muitos países e então um imenso público travou contato com o fascinante mundo de tesouros artísticos apresentado por Clark. Com simplicidade Clark revelava imagens do Renascimento, da pintura flamenga ou mostrava, em ângulos novos, a fé que construiu as catedrais góticas.

A partir de Civilização, de 1969, deixou de ser simplesmente um erudito pesquisador para tornar-se mundialmente conhecido. Desde muito jovem, porém, ele teve uma trajetória fora do comum. Educado no aristocrático Trinity College de Oxford, logo que terminou seus estudos Clark foi trabalhar em Florença com o maior historiador de arte da Renascença, sir Bernard Berenson. Seu talento era tal para relacionar fatos e obras de diferentes períodos que com 30 anos tornou-se o mais jovem diretor da National Gallery de Londres, e foi nomeado supervisor das coleções reais.

FIEL À HISTÓRIA – Assim, ele pôde examinar com cuidado as maiores preciosidades da produção artística mundial e escrever seu primeiro trabalho sobre desenhos de Leonardo da Vinci. Outro livro Outro livro importante foi A Paisagem na Arte, e Clark publicou a seguir outras obras sobre a Renascença. Amigo de Winston Churchill e de Picasso, além de pesquisar artistas do passado Clark foi um historiador importante na divulgação da arte moderna. Em 1977, já depois de ter publicado dois volumes de uma autobiografia, editou um trabalho sobre a mulher nas artes ao longo da História – Feminine Beauty. “Num mundo onde a História sempre enumerou as guerras, a única coisa em que sempre houve concordância foi prestar atenção na beleza feminina”, dizia. Clark morreu no sábado, dia 21 de maio de 1983, aos 79 anos, numa casa para idosos em Kent, Inglaterra.

(Fonte: Veja, 1° de junho de 1983 – Edição n° 769 – Datas – Pág; 94)

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