Júlio Mazzei, professor de Educação Física, grande responsável pela ida de Pelé para o Cosmos (EUA)

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Júlio Mazzei (São Paulo, 27 de agosto de 1930 – Santos, 10 de maio de 2009), professor de Educação Física, um dos grandes responsáveis pela ida de Pelé para o Cosmos (EUA) no final da década de 70. Mazzei como preparador físico, foi um dos mais conceituados do país, tendo trabalhado no Palmeiras, no Santos e na seleção brasileira.

Técnico do New York Cosmos, Julio Mazzei, abraça Pelé (esporte.uol.com.br)

Técnico do New York Cosmos, Julio Mazzei, abraça Pelé (esporte.uol.com.br)

Durante sete anos, morou em Nova York, onde atuou no Cosmos e no escritório de marketing esportivo de Pelé.

Nascido em Guaiçara, cidade vizinha a Lins, Júlio Mazzei morou em Araçatuba de 1940 a 50, ano em que se mudou para São Paulo, para fazer faculdade de educação física na USP. Já com a graduação, passou por outras cidades. Seu primeiro emprego foi em Mirandópolis, onde ele deu aula por dois anos após se formar.

EUROPA


Em seguida, Júlio mudou-se para Araraquara, tendo morado ainda em São Carlos. Passou então seis meses na França, fazendo especialização em educação física, e ainda residiu em Recife, onde fundou uma faculdade da área. Depois voltou para São Paulo, sendo convidado para trabalhar no Palmeiras, como técnico de basquete, e depois chegou a ser preparador físico do futebol.

SUCESSO 
“Naquela época, ninguém fazia preparação física de forma tão científica como ele fazia; Júlio era tecnicamente especializado e alcançou muito sucesso com seu trabalho”, conta Henrique. “Lembro-me de que, naquela fase áurea do Santos, que tinha um timaço, o Palmeiras derrotou o Peixe e, segundo os cronistas da época, a preparação física elaborada por ele foi um dos fatores fundamentais à vitória”, disse Henrique Pedroso Mazzei, seu irmão.

Júlio Mazzei foi, então, contratado pelo Santos, onde ficou 12 anos, junto com Edson Arantes do Nascimento e companhia. “Ele era o maior amigo do Pelé, e foi quem intermediou negociação com o Cosmos, indo para os EUA junto com o Rei”, revelou. “No time, ele foi treinador do Pelé, chegando a ser campeão americano; depois de três anos, voltaram ao Brasil”, relatou.

O esportista escolheu Santos para morar com a mulher, mas durante bom tempo quase não parava na cidade do litoral porque começou a dar grande quantidade de palestras sobre educação física por todo o País. A sua especialização também incluiu cursos nos EUA.

Com Luciano do Valle, na Band, foi mais conhecido 

Júlio Mazzei ficou bem mais conhecido no País no fim dos anos 1980 e início dos 90. Na ocasião, ele participou de projetos esportivos em parceria com o narrador Luciano do Valle, da TV Bandeirantes. Entre eles, o da seleção brasileira de futebol master, que lhe rendia aparições constantes na emissora.

Na edição de ontem da “Folha de S. Paulo”, a seção obituário, assinada diariamente pelo jornalista Estêvão Bertoni, dedicou espaço especial a Júlio Mazzei. Em um dos trechos, revela que “a primeira coisa de que (ele) começou a se esquecer foi o inglês (idioma), o que despertou intuição da mulher, Maria Helena, para algum problema iminente”. Até os telefonemas que recebia na língua ele evitava, informa o texto.

“Pelo Alzheimer, nos últimos quatro anos Júlio viveu numa casa de repouso em Santos. No período, a mulher o visitou diariamente – dava-lhe o jantar”, relatou o jornalista, que informou ter sido em São Carlos que Júlio Mazzei conheceu Maria Helena, também professora de educação física, e de quem ficou longe durante os meses de estudo na França (noivou antes de ir para a Europa, casando-se no retorno e tendo duas filhas e um neto).

“Pelé sempre pedia a ajuda dele com o inglês e chamava a gente de ‘mummy’ (papai) e ‘daddy’ (mamãe). Eles sempre viajaram juntos, dando cursos em 62 países”, contou Maria Helena Mazzei ao repórter do jornal paulistano.

Mazzei tinha a doença de Alzheimer e estava internado em uma clínica de repouso na cidade do litoral paulista desde setembro de 2004.

Mazzei morreu no dia 10 de maio de 2009, aos 78 anos, e foi enterrado dia 12 de maio, no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos.

(Fonte: Zero Hora –- Ano 46 –- N° 15.959 -– 12/05/09 -– TRIBUTO – 12 de maio de 2009 -– Pág; 36)

(Fonte: http://www.folhadaregiao.com.br/Materia.php?id=117137  – PERISCÓPIO/ Por CARLOS ALBERTO TILIM – 13/05/2009)

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