Juan María Bordaberry, ex-ditador uruguaio, condenado pela morte de adversários políticos

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Juan María Bordaberry (Montevidéu, 17 de junho de 1928 – Montevidéu, 17 de julho de 2011), ex-ditador uruguaio, condenado pela morte de adversários políticos durante seu governo.

Eleito presidente em 1971, ele dissolveu o Congresso e governou por decreto apoiado pelos militares. Em 2010, ele foi condenado a 30 anos, com permissão para cumprir a pena em prisão domiciliar devido a problemas de saúde.

Criador de gado, Bordaberry foi presidente durante cerca de quatro anos, até ser substituído pelos militares. Cerca de 200 pessoas foram sequestradas e mortas durante a ditadura do Uruguai de 1973-1985. Muitos outros foram presos e torturados.

– A geração que trouxe conflito para o Uruguai está chegando ao fim – disse a uma rádio local Luis Alberto Heber, do Partido Nacional. – Estamos virando a página.

A opinião dos uruguaios sobre o que fazer com ex-oficiais militares acusados de crimes contra os direitos humanos permanece dividida. A questão tornou-se um problema político para o atual líder do país, José Mujica, um ex-guerrilheiro de esquerda preso durante a ditadura.

Um ano depois de a democracia retornar à pequena nação de 3,4 milhões de pessoas, foi aprovada uma lei para proteger os oficiais. Uruguaios votaram para manter a lei em dois referendos, em 1989 e 2009.

Mujica se elegeu defendendo o fim da anistia, como parte de sua plataforma de campanha. Mas o resultado do referendo de 2009 e preocupações sobre as consequências políticas o levaram a mudar de ideia.

Em maio, o Congresso rejeitou um projeto de lei do governo para acabar com a lei de anistia. A aprovação de Mujica têm sofrido com a polêmica. Em junho de 2011, o governo assinou um decreto dando sinal verde para a investigação de casos da época da ditadura, enquanto oficiais militares aposentados pressionam para que esses casos sejam arquivados.

Bordaberry morreu dia 17 de julho de 2011, de insuficiência respiratória aos 83 anos.

Amigos da família e políticos de centro-direita do partido Colorado, pelo qual o filho do ditador, Pedro, é senador, confirmou a morte de Bordaberry.
(Fonte: www.oglobo.globo.com – Mundo/ MONTEVIDEU – 17 de julho de 2011)

América Latina

Morreu o ex-ditador uruguaio Juan María Bordaberry
Miguel Rojo

O ex-ditador uruguaio Juan María Bordaberry (1973-1976) morreu na madrugada deste domingo em Montevidéu, aos 83 anos, devido a uma doença cardiovascular, informou a imprensa local.

A empresa funerária encarregada do enterro de Bordaberry confirmou à AFP que a cerimônia será realizada na tarde deste domingo no departamento de Canelones, a cerca de 20 km da capital uruguaia.
O ex-ditador estava preso desde 2006 após ter sido processado por atentado à Constituição e violações dos Direitos Humanos.

No início, Bordaberry cumpriu sua detenção nas dependências carcerárias uruguaias, mas depois de janeiro de 2007 foi mantido em prisão domiciliar.
Em março de 2010, já em uma cadeira de rodas e conectado a um balão de oxigênio, recebeu a notificação de sua pena de 30 anos de prisão, com uma opção de prorrogação por mais 15, por “um crime de atentado contra a Constituição, (…) com nove crimes de desaparecimento forçado e dois de homicídio político”, segundo o veredicto ditado pela juíza Mariana Motta.

Bordaberry liderou um golpe militar em 1973 e foi derrubado pelos próprios militares em junho de 1976. A ditadura no país durou 12 anos.
O ex-ditador teve 9 filhos.
(Fonte: www.veja.abril.com.br/noticia/internacional – 17 de julho de 2011)

O ex-presidente do Uruguai que transformou-se em ditador Juan María Bordaberry (1972-1976) morreu neste domingo em Montevidéu aos 83 anos em sua casa, onde cumpria prisão domiciliar depois de ter sido condenado pela Justiça pelos crimes cometidos durante seu mandato.
Como confirmaram à Agência Efe pessoas de sua família, o ditador morreu por causa de uma doença cardiorrespiratória que já sofria há algum tempo e agravou-se nas últimas horas.

O sepultamento será neste mesmo domingo sem velório ou qualquer honra de Estado no cemitério Martinelli do bairro de Carrasco. Bordaberry chegou à Presidência do Uruguai em 1972 pelo Partido Colorado e exerceu o cargo até que em 1973 dissolveu as Câmaras e declarou ilegais os partidos políticos, dando início a uma ditadura que se prolongaria até 1985.

Ele mesmo continuou no cargo de presidente até 1976, quando os militares, que nesse período ganharam maior poder, o destituíram do cargo.
As pessoas próximas ao político apontaram que Bordaberry morreu cercado dos filhos, entre eles o senador da República e líder do Partido Colorado – a terceira força política no Parlamento uruguaio -, Pedro Bordaberry, que não quis comentar a morte do pai.

Em 2006, a Justiça uruguaia começou um processo contra o ex-ditador por atentado à Constituição, nove crimes de desaparecimento forçado e dois assassinatos, por isso que estava em prisão preventiva enquanto transcorria o julgamento.
Ele é acusado junto com o que foi seu ministro de Relações Exteriores, Juan Carlos Blanco, pelo assassinato de quatro opositores, crimes pelos quais foi condenado a 30 anos de prisão.
Um ano depois, em 2007, e devido a seu precário estado de saúde, Bordaberry recebeu direito a prisão domiciliar, sanção que cumpriu até sua morte.
(Fonte: www.noticias.r7.com – Internacional – 17/07/2011)

Militares uruguaios depõem o presidente Juan María Bordaberry, em 13 de junho de 1976.
(Fonte: Zero Hora – ANO 50 – Nº 17.414 – 13 de junho de 2013 – Hoje na História – Almanaque Gaúcho – Ricardo Chaves – Pág; 48)

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