Jostein Gaarder, autor norueguês do best-seller O Mundo de Sofia, e o elogiado O Dia do Curinga.

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O campeão norueguês

Jostein Gaarder, autor norueguês do best-seller O Mundo de Sofia, e o elogiado romance O Dia do Curinga, que em 1991, era um modesto professor de filosofia de escolas de 2° grau em Oslo, é um irremediavelmente milionário. No fenomenal sucesso do seu livro O Mundo de Sofia, o escritor disse que ao escrevê-lo pretendeu colocar a filosofia de volta ao mercado. O autor coloca de volta anõezinhos, ilha encantada, sábios e poção mágica nas prateleiras do mercado de livros. E o faz com talento, trazendo no charme e frescor a personagens, lugares e baratos que estão no imaginário infanto-juvenil desde a Idade Média, de As Mile Uma Noites a Monteiro Lobato.

O professor Gaarder começou sua vida paralela de escritor em 1986. Tinha 34 anos, mulher, um filho de dois anos e outro de 10 quando publicou o primeiro livro de contos, Diagnosen (Diagnóstico ou Conclusão). Em três anos, ele se tornou um dos mais importantes autores juvenis da Noruega. Publicou Barn fra Sukhavati (As Crianças de Sukhavati), Froskeslottet (O Palácio das Rãs) e em 1990 conquistou todos os prêmios literários do país com Kabalmysteriet (O Mistério do Jogo de Paciência), que vem a ser O Dia do Curinga.

Publicado dois anos depois de Curinga, em 1991, O Mundo de Sofia estourou inexplicavelmente como sucesso mundial em 1992. Gaarder mostrou-se surpreso em que a história de a filosofia disfarçada de romance policial ter ido tão longe. Mesmo correndo o mundo, publicou mais dois romances: Julemysteriet (Mistério de Natal), em 1992, e I et speil, i em gate (Através do Espelho), em 1993. O Mundo de Sofia virou série radiofônica na Alemanha, minissérie na TV norueguesa e CD-ROM na Inglaterra. Gaarder deixou de ser professor, agora é ficcionista, sempre escrevendo romances nessa fronteira entre o juvenil e o adulto, onde se acham preciosidades como Alice no País das Maravilhas ou menos precioso O Pequeno Príncipe. Gosta de Thomas Mann, Hermann Hesse, Dostoievski, García Márquez e “das tramas cerebrais de Borges”.

(Fonte: Veja, 1° de maio de 1996 – Edição n° 1442 – ANO 29 – N° 18 – LIVROS/ Por Ivan Angelo – Pág; 106 e 107)

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