José Loureiro da Silva, ex-prefeito de Porto Alegre

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José Loureiro da Silva, ex-prefeito de Porto Alegre

Quando se fala em Porto Alegre e seus prefeitos, um nome logo se destaca: José Loureiro da Silva. Um dos fatos de que mais me orgulho é ter sido secretário e amigo deste extraordinário homem público, com quem muito aprendi. Loureiro é sempre atual. Em 1960, ele entendia a mocidade e dizia que ela não podia ser igual à de seu tempo, pois o mundo mudara. Somente, dizia ele, quando terminar a loucura de dois mundos – Oriente e Ocidente – separados, é que os jovens irão mudar. A mudança está acontecendo, mas ainda longe de sua plenitude.

Loureiro governou a cidade duas vezes: de 22 de outubro de 1937 a 15 de setembro de 1943 e de 1 de janeiro de 1960 a 1 de janeiro de 1964. São obras suas na primeira administração, entre outras: a Farrapos, a Salgado Filho, a André da Rocha, a Jerônimo de Ornellas, o ajardinamento definitivo do Parque da Redenção, a pavimentação de estradas, o saneamento do Arroio Dilúvio e de grandes áreas da cidade, a implantação de 300 km de redes de água, novos reservatórios, a usina de recalque da Voluntários da Pátria, o Mercado Livre e o Centro de Saúde Modelo, ganhando a cidade, em retribuição, o Hospital de Pronto Socorro.

Foi ambientalista quando ainda não se falava sobre o tema. Comprou os 1.300 hectares do Parque Saint Hilaire; impediu o avanço do Campus da Universidade sobre a Redenção, indicando como correto o local onde hoje se encontra. Propôs a transferência do Hipódromo do Moinhos de Vento para o Cristal, para que se construísse no local o Parcão, tornado realidade por Thompson Flores. Da sua segunda administração, destacarei apenas que saneou as finanças da prefeitura, restaurando a credibilidade no governo municipal.

Loureiro amou Porto Alegre como ninguém. “Eu cada vez mais me orgulho de ser filho desta cidade, porque ela é um exemplo e será um exemplo para todo o nosso País, sobretudo numa época como esta de inquietações, de dúvidas e de medos. Porque Porto Alegre ainda é uma cidade que mesmo que se abra a caixa de Pandora, donde saem todos os males, ela fica, no fundo do seu coração, com a esperança, a grande esperança no seu futuro”. Como disse Nilo Ruschel: “Se esta cidade foi amada com um amor-paixão, foi Loureiro da Silva seu amante”.

(Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=63961 – ARTIGO – João Antonio Dib – 03/06/2011)

 

 

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