Jorge Paulo Lemann, sócio da cervejaria AB Inbev, do Burguer King e da marca de catchup Heinz.

0
Powered by Rock Convert

Bilionário e ex-surfista: o homem mais rico do Brasil

Jorge Paulo Lemann, o brasileiro sócio da cervejaria AB Inbev, do Burguer King e da marca de catchup Heinz, empresa que adquiriu junto ao bilionário Warren Buffett dia 14 de fevereiro de 2013.

Ser um ex-jogador de tênis profissional, com cinco títulos brasileiros, e se tornar o rosto mundial da cerveja e da comida rápida pode parecer uma trajetória pouco saudável, mas não é contraditório quando se trata de negócios. Esse é o perfil de Jorge Paulo Lemann.

Jorge Paulo Lemann, formado na Universidade de Harvard, é considerado um “Warren Buffett” brasileiro.

Da mesma forma que o investidor americano, que já foi o mais rico do mundo, o brasileiro é conhecido no País por sua habilidade em participar de grandes fusões e aquisições, sendo a mais famosa a criação da AB InBev, a maior cervejaria do mundo em vendas.

Lemann é classificado como o homem mais rico do Brasil, com uma fortuna de US$ 18.8 bilhões, na 36ª posição dos bilionários, após a queda nos preços das ações das empresas de Eike Batista, considerado pelo jornal como o magnata brasileiro da mineração. Sua ascensão seguiu a alta do Brasil no cenário mundial – passando da sétima para a sexta maior economia do mundo.

O jornal afirma que a revista brasileira Istoé Dinheiro disse que ao contrário dos investidores americanos, que só têm olhos para o setor de tecnologia, os empresários brasileiros consideram investir em setores considerados “antigos” como cerveja, cimento, aço e até mesmo de hambúrgueres. Lemann mostrou seu apelo pelos investimentos tradicionais na compra da marca Heinz, realizada na quinta-feira junto a Buffet, manobra que mostra sua habilidade como investidor global, diz a publicação.

Ex-campeão de tênis brasileiro, Lemann, 73 anos, tem um pai suíço e se mudou para o país europeu após bandidos tentaram sequestrar seus filhos, em 1999. Ele começou como estagiário no banco Credit Suisse e, em 1971, montou seu próprio banco de investimentos, o Banco Garantia, a tempo de ser pego em uma quebra do mercado de ações que quase acabou com seus recursos.

Junto com seus sócios Marcel Telles e Carlos Sicupira, ele vendeu o banco Garantia ao Credit Suisse em 1998 por quase US$ 1 bilhão. Em 2008, o trio usou a InBev, a cervejaria internacional que tinham construído a partir da Ambev para fazer a fusão de US$ 52 bilhões com a cervejaria americana Budweiser, diz o jornal. O trio voltou a ser notícia em 2010, quando a base nova-iorquina do fundo de investimento 3G assumiu o Burger King por US$ 3,3 bilhões.

O grande investidor brasileiro, que já participou de campeonatos como Wimbledon e a Copa Davis, também emerge como empresário e agora se tornou o homem mais rico do Brasil, e o número 36º no ranking de bilionários da Bloomberg, que estimou sua fortuna em cerca de US$ 20 bilhões.

Descrito como alto, simpático, em forma, é difícil imaginar Jorge Paulo Lemann com uma garrafa de Corona, Stella Artois e Budweiser na mão direita ou um Whopper na mão temperado com mostarda e ketchup Heinz. A imagem fica mais contrastante depois de ouvi-lo falar a alunos de Harvard, local onde estudou, sobre suas aventuras como surfista nas praias de Copacabana, no Rio, na década de 60, segundo a publicação.

Lemann, filho de pais suíços e nascido no Rio de Janeiro, começou a construir sua fortuna em 1971, quando criou o Banco Garantia com os inseparáveis sócios Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

Ele ainda faz parte do conselho consultivo da Escola de Negócios de Harvard e criou um fundo para cobrir os estudos de pós-graduação de brasileiros que querem ir para a universidade. Apesar disso, afirmou que o primeiro ano na universidade americana foi horrível, pois nunca tinha visitado o país, tinha perdido a praia, estava morrendo de frio, não estava acostumado a estudar e as notas eram as piores possíveis. Quando viajou para o Brasil de férias, funcionários da universidade recomendaram que ficasse afastado por um ano para amadurecer, diz o site.

Na volta, ao invés de fazer três ou quatro matérias por semestre, fez sete. Passou a estudar com provas antigas e conseguiu se recuperar e se formou economista em 1961. Após a formatura, trabalhou no banco Credit Suisse e foi testado como jornalista no Jornal do Brasil, mas perdeu o emprego porque também atuava como corretor de ações e o jornal achou que havia um óbvio conflito de interesse, conforme a publicação.

O El Economista afirmou ainda que depois de passar pela área financeira de várias empresas, aos 32 anos ele criou o Banco Garantia em um dos piores momentos econômicos e políticos do Brasil. Semanas após a abertura, o mercado de ações brasileiro caiu quase 60% e fez Lemann perder quase todo o seu capital. Apesar desse entrave, Lemann sobreviveu no mercado financeiro e passou a se cercar dos melhores talentos e a premiá-los com ações. Dentre os ex-funcionário, destaca-se Armínio Fraga, que saltou de economista-chefe do Banco Garantia para presidente do Banco Central no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC).

Na década de oitenta, Leeman passou a investir em fusões e aquisições e comprou a cervejaria Brahma e a rede de lojas Americanas. Em 1998, ele e seus sócios venderam o Banco Garantia ao Credit Suisse por cerca de US$ 1 bilhão, de acordo com o jornal britânico Financial Times. Na vida pessoal, decidiu deixar o Brasil e voltar para Suíça em 1999, quando seus filhos passaram por uma tentativa de sequestro.

Na sequência, comprou a rival Antártica e criou a Ambev. Em 2004, com os sócios criou o fundo de investimentos 3G Capital. Em 2008, o grupo usou a InBev, a cervejaria internacional que tinham construído a partir da Ambev para fazer a fusão de US$ 52 bilhões com a cervejaria americana Budweiser, diz o jornal inglês. Eles voltaram a ser notícia em 2010, quando a base nova-iorquina da 3G Capital assumiu o Burger King por US$ 3,3 bilhões.

Nas últimas semanas, além da compra da Heinz por R$ 28 bilhões juntamente com o bilionário Warren Buffet, Lemann busca concretizar outro grande negócio. A AB Inbev quer comprar a cervejaria mexicana Corona, mas esbarra na legislação americana que pretende vetar o negócio com custo previsto de R$ 20 bilhões.

Apesar dos negócios bilionários, Lemann dedica 25% do seu tempo à filantropia. Ele participa ativamente do Endeavor, um portal de empreendedorismo brasileiro, e da Fundação Lemann, cuja missão é permitir o desenvolvimento de jovens brasileiros em universidades americanas, de acordo com informações do El Economista.

(Fonte: http://economia.terra.com.br/noticias/noticia – Com informações da Reuters – ECONOMIA – 15 de fevereiro de 2013)

Powered by Rock Convert
Share.