Joe McGinniss, jornalista e controverso escritor americano, autor dos livros “A Venda do Presidente” e “Visão Fatal”

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Mestre na arte da investigação

Joseph R. McGinniss (9 de dezembro de 1942 – Worcester, Massachusetts, 10 de março de 2014), jornalista e controverso escritor americano, personagem central do livro “O Jornalista e o Assassino”, de Janet Malcolm, que pôs em discussão sua ética profissional, autor dos livros “A Venda do Presidente” e “Visão Fatal”.

O relato ilumina um conturbado episódio da carreira de McGinniss, mestre na arte da investigação. Para escrever “Visão Fatal”, um de seus trabalhos de maior repercussão, ele se aproximou do assassino Jeffrey MacDonald – dizia acreditar na inocência dele -, publicando depois a obra em que o apresentava como culpado pela morte da mulher grávida e de duas filhas.

“Fatal Vision”, assim como outros dois best-sellers escritos por ele sobre crimes “Blind Faith” e “Cruel Doubt” – foram adaptados para minisséries de televisão.

McGinniss ficou conhecido por escrever principalmente sobre líderes políticos americanos.

McGinniss, que foi colunista de jornal Philadelphia, ganhou atenção nacional com a publicação de 1969 “A venda do Presidente”.

O best-seller fez um relato por trás das cenas de como os profissionais de publicidade e mídia “empacotaram” o candidato presidencial republicano Richard Nixon em sua bem-sucedida campanha de 1968 para a Casa Branca.

O New York Times escreveu em 2011 que seu trabalho de 1969 – um estudo sobre o uso da televisão sobre o presidente durante a campanha – “continua sendo uma façanha em termos de reportagem e análise, tão relevante quanto quando apareceu pela primeira vez”.

McGinnis publicou “Fatal Vision”, em 1983, sobre a história sobre um médico, Jeffrey MacDonald, acusado de ter matado sua mulher grávida e duas filhas pequenas, na Carolina do Norte.

O livro foi escrito com a colaboração de seu personagem sociopata, MacDonald, um médico do Exército que foi considerado culpado do assassinato de sua esposa grávida.

Na época, alguns jornalistas afirmaram que seu trabalho foi moralmente comprometido, por McGinniss fingir acreditar na inocência de seu personagem.

Em 2010, o escritor se destacou novamente ao alugar uma casa ao lado da residência de Sarah Palin, no Alasca, para que pudesse trabalhar em uma biografia não autorizada sobre ela.

Em 2011, ele publicou “The Rogue: Searching for the real Sarah Palin”, um retrato pouco lisonjeiro sobre a política conservadora e mal-sucedida nas eleições presidenciais sobre a vice-candidata presidencial republicano de 2008. Foi seu 11° e último livro.

McGinniss declarou que seu objetivo era escrever um livro que “traçasse a curiosa ascensão de Palin à proeminência política e aos status de celebridade mundial”, expondo, ao mesmo tempo, “a realidade confusa por baixo do mito de Palin”.

Joe McGinniss morreu em 10 de março de 2014, aos 71 anos, de complicações de câncer de próstata, na UMass Memorial Medical Center, em Worcester, Massachusetts.

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2014/03 – POP & ARTE – Da Reuters – 11/03/2014)

(Fonte: Veja, 19 de março de 2014 – ANO 47 – Nº 12 – Edição 2 365 – Panorama – Datas – Pág: 34)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/03/1423739- ILUSTRADA – DA AFP – 11/03/2014)

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