João do Vale, músico, cantor e compositor, considerado o poeta da “expressão da alma maranhense”

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João do Vale transformou o cotidiano de sua gente em poesia musicada.

Muitos intérpretes da MPB gravaram canções escritas pelo cantor e compositor maranhense.

 

 

João do Vale

Maranhense deixou legado de canções que representam a vida do povo simples do campo (Foto: Reprodução/TV Mirante)

 

 

Ele é considerado o poeta da “expressão da alma maranhense”.

João Batista do Vale (Pedreiras, 11 de outubro de 1934 – São Luís, 6 de dezembro de 1996), músico, cantor e compositor maranhense. O compositor João do Vale ficou conhecido depois de dividir o palco com Nara Leão e Zé Keti no show Opinião, em 1964.

O Poeta do Povo, como era conhecido, ficou famoso nacionalmente, se apresentou ao lado de grandes nomes da música popular brasileira e imortalizou seu nome com músicas  gravadas por vários intérpretes.

Autor de mais de 400 músicas, suas composições mais famosas foram Carcará e Pisa na Fulô. Considerado o poeta da “expressão da alma maranhense”, João do Vale foi um artista completo que inspirou obras fonográficas nacionais e internacionais.

Muitos intérpretes da MPB gravaram canções escritas pelo compositor maranhense.

Um dos grandes sucessos de João do Vale é a música “Carcará”, que ficou conhecida na voz da cantora Maria Bethânia. Foi um dos momentos mais importantes do João do Vale, onde ele mostra o seu lado artístico, poético e político, foi em 1964 no Teatro Opinião Show Opinião quando a Maria Bethânia lançou ‘Carcará’.

O cantor Caetano Veloso gravou “Asa do Vento”, outra música escrita por Vale. O último CD da cantora Elba Ramalho traz a canção “Estrela Miúda”, um dos primeiros sucessos do compositor, que compôs cerca de 400 músicas.

A primeira música gravada por Vale foi “Cesário Pinto”. Em 1953 a cantora Marlene gravou o xote “Estrela Miúda”.

Em 1964, João do Vale participou, com Nara Leão e Zé Keti, do show “Opinião”, escrito por Armando Costa, Oduvaldo Viana Filho e Paulo Pontes.

Nara foi substituída por Maria Bethânia. E surge a antológica interpretação de “Carcará”, que projetou nacionalmente o compositor e a intérprete.

Ele compôs em 1969 a trilha sonora do filme “Meu Nome é Lampião”, de Mozael Silveira.

Em 1987, sofreu um derrame cerebral, que deixou sequelas: durante três anos, o compositor ficou preso a uma cadeira de rodas, além de adquirir dificuldade de comunicação.

Em 95, Chico Buarque organizou uma coletânea de João do Vale, com renda revertida para o compositor maranhense. Foram 16 regravações, entre 443 composições do autor. Participaram Edu Lobo, Maria Bethânia, Paulinho da Viola, Alceu Valença, o próprio Chico, entre outros.

João do Vale faleceu dia 6 de dezembro de 1996, aos 62 anos, de derrame cerebral, em São Luís.

Desde a sua internação, o compositor havia sofrido dois derrames cerebrais que o deixaram praticamente paralisado. Segundo o médico Carlos Gama, Vale era diabético e sofria de hipertensão arterial -que causou insuficiência renal.

O transporte do corpo do compositor para a cidade de Pedreiras (cerca de 300 quilômetros de São Luís), cidade onde João do Vale nasceu e morava até antes de ser internado.

A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), decretou luto oficial hoje pela morte de João do Vale.

Sobre a obra de João do Vale, Chico Buarque disse: “João do Vale está na mesma linha de Luiz Gonzaga e, para mim, sua obra tem tanto peso e valor quanto a de Gonzaga”.
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada – da Folha Online – 14 de maio de 2007)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA / DA AGÊNCIA FOLHA / Por WAGNER OLIVEIRA – São Paulo, 7 de dezembro de 1996)

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados.
(Fonte: Veja, 11 de dezembro de 1996 – ANO 29 – N° 50 – Edição 1474 – DATAS – Pág; 122)

(Fonte: http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2013/12 – MARANHÃO – Do G1 MA, com informações da TV Mirante – 06/12/2013)

(Fonte: http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2016/12 – MARANHÃO – Do G1 MA, com informações da TV Mirante – 06/12/2016)

 

 

 

 

 

 

João Batista do Vale nasceu em Pedreiras MA em 11 de Outubro de 1934. Desde pequeno gostava muito de música, mas logo teve de trabalhar, para ajudar a família. Aos 13 anos foi para São Luís MA, onde participou de um grupo de bumba-meu-boi, o Linda Noite, como “amo” (pessoa que faz os versos). Dois anos depois, começou sua viagem para o Sul, sempre em boléias de caminhões: em Fortaleza CE, foi ajudante de caminhão; em Teófilo Otoni MG, trabalhou no garimpo; e no Rio de Janeiro RJ, onde chegou em dezembro de 1950, empregou- se como ajudante de pedreiro numa obra no bairro de Ipanema. Passou a freqüentar programas de rádio, para conhecer os artistas e apresentar suas composições, em maioria baiões.

Depois de dois meses de tentativas, teve uma música de sua autoria gravada por Zé Gonzaga, Cesário Pinto, que fez sucesso no Nordeste. Em 1953, Marlene lançou em disco Estrela miúda, que também teve êxito; outros cantores, como Luís Vieira e Dolores Duran, gravaram então músicas de sua autoria. Em 1964 estreou como cantor no restaurante Zicartola, onde nasceu a idéia do show Opinião, dirigido por Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes e Armando Costa, que foi apresentado no teatro do mesmo nome, no Rio de Janeiro. Dele participou, ao lado de Zé Kéti e Nara Leão, tornando-se conhecido principalmente pelo sucesso de sua música Carcará (com José Cândido), a mais marcante do espetáculo, que lançou Maria Bethânia como cantora. Como compositor, em 1969 fez a trilha sonora de Meu nome é Lampião (Mozael Silveira).

Depois de se afastar do meio musical por quase dez anos, lançou em 1973 Se eu tivesse o meu mundo (com Paulinho Guimarães) e em 1975 participou da remontagem do show Opinião, no Rio de Janeiro. Tem dezenas de músicas gravadas e algumas delas deram popularidade a muitos cantores: Peba na pimenta (com João Batista e Adelino Rivera), gravada por Ari Toledo, e Pisa na fulo (com Ernesto Pires e Silveira Júnior), baião de 1957, gravado por ele mesmo. Em 1982 gravou seu segundo disco, ao lado de Chico Buarque, que, no ano anterior, havia produzido o LP João do Vale convida, com participações de Nara Leão, Tom Jobim, Gonzaguinha e Zé Ramalho, entre outros. Em 1994, Chico Buarque voltou a reverenciar o amigo, reunindo artistas para gravar o disco João Batista do Vale, prêmio Sharp de melhor disco regional. Faleceu em São Luís MA no dia 06 de Dezembro de 1996, sendo sepultado em sua cidade natal, Pedreiras.

(Fonte: Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora e PubliFolha)

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