Jayme Tiomno, físico teórico e experimental, um dos maiores cientistas dos últimos 50 anos.

0
Powered by Rock Convert

 

 

 

 

 

Jayme Tiomno (Rio de Janeiro, 16 de abril de 1920 – Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2011), físico teórico e experimental, um dos maiores cientistas brasileiros dos últimos 50 anos.

Um dos principais cientistas brasileiros, deu contribuição decisiva para o estudo das partículas elementares. Nascido em 16 de abril de 1920, no Rio de Janeiro, e criado em Muzambinho (MG), Tiomno é descendente de judeus russos que emigraram para o Brasil no início do Século 20. Em 1966, ele foi um dos responsáveis pela criação da Sociedade Brasileira de Física.

Físico foi um dos fundadores do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e um dos responsáveis pela criação da Sociedade Brasileira de Física (SBF).

Sua contribuição foi decisiva para o estudo das partículas elementares: entender como essas partículas interagem é essencial porque elas mantêm o átomo estável ou podem, por outro lado, torná-lo instável. Tiomno foi contemporâneo da geração de renomados físicos brasileiros como César Lattes, José Leite Lopes, Oscar Sala, Mário Schenberg e Marcelo Damy, além de ter convivido com os mais experientes físicos estrangeiros de seu tempo.

O físico também teve bons contatos acadêmicos com Eugene Paul Wigner, cientista húngaro com quem pesquisou a questão da simetria nas partículas subatômicas e que, em 1963, ganhou o Prêmio Nobel pelas descobertas sobre neutrinos. Em 1966, Tiomno foi um dos responsáveis pela criação da Sociedade Brasileira de Física (SBF).

Nascido em 16 de abril de 1920 no Rio de Janeiro e criado em Muzambinho (MG), Tiomno é descendente de judeus russos que emigraram para o Brasil no início do Século 20. Depois de terminar o ensino básico, começou a estudar medicina, mas logo mudou para a Faculdade Nacional de Filosofia onde se formou em Física. Cursou pós-graduação na Universidade de São Paulo (USP), em 1945, com o professor Mário Schenberg.

Em 1948 foi para a Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, onde conviveu com os maiores físicos do seu tempo, como John Archibald Wheeler, até voltar ao Brasil em 1950. Fundou o CBPF junto com Cesar Lattes e José Leite Lopes, onde foi professor titular.

Um dos períodos mais produtivos de Tiomno foi a década de 1950, quando publicou mais de 20 trabalhos, sobretudo na área da física de partículas. Em uma conferência nos Estados Unidos, em 1960, previu a existência de ressonância nos mésons (partículas das interações fortes, que asseguram a estabilidade do núcleo do átomo), mais tarde comprovada experimentalmente.

Em 1965, a convite de Darcy Ribeiro, assumiu uma cadeira na recém-fundada Universidade de Brasília, onde chegou a propor um ensino menos preso à memorização e mais voltado à observação e à solução gradual de problemas concretos.

Em 1968, teve problemas com o regime militar e integrou uma lista ao lado de Florestan Fernandes e Fernando Henrique Cardoso como um simpatizante da esquerda. No ano seguinte, com a promulgação do AI-5, foi afastado de seus cargos no Brasil e decidiu ir novamente para Princeton, onde voltou a trabalhar com gravitação e eletromagnetismo.

Em 1973, conseguiu voltar para o Rio de Janeiro para lecionar na Pontifícia Universidade Católica (PUC), tendo depois se reintegrado ao CBPF, por onde se aposentou e se tornou Pesquisador Emérito. Jayme Tiomno era membro da Academia Brasileira de Ciências e havia recebido a Ordem Brasileira do Mérito Científico.

“Ele deixou o exemplo imperecível de uma vida inteira dedicada ao conhecimento científico para o bem da espécie humana. É um dos nossos maiores orgulhos e uma fonte de inspiração permanente para todos os pesquisadores brasileiros, sobretudo para as novas gerações”, disse em nota o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. “O avanço da ciência no Brasil hoje tem raízes profundas no trabalho incansável e genial de cientistas como Jayme Tiomno”, complementou.

“Tiomno é um dos grandes ícones da física brasileira, foi um dos fundadores do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e faz parte da geração de cientistas responsáveis pelas principais descobertas da área em todo o mundo”, aponta Ronald Shellard, diretor do CBPF e vice-presidente da SBF.

Jayme Tiomno teve morte natural em 12 de janeiro de 2011, aos 90 anos de idade, em sua residência no Rio de Janeiro.

 

(Fonte: http://www.sbfisica.org.br/v1 – 12 JANEIRO 2011)

(Fonte: http://www.terra.com.br/noticias/ciencia/infograficos/obituario-2011 – JANEIRO DE 2011)

 

 

 

Powered by Rock Convert
Share.