Jayme Portella de Mello (1911-1984), general-de-divisão, da reserva, foi chefe do Gabinete Militar

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Jayme Portella de Mello (1911-1984), general-de-divisão, da reserva, que foi chefe do Gabinete Militar e mais íntimo colaborador do presidente Costa e Silva. Militar da “linha dura”, o general Jayme Portella foi um dos ministro mais poderosos do governo Costa e Silva. A edição do AI-5 e o fechamento político que se seguiu devem-se em boa parte às suas articulações. Em 1969, quando Costa e Silva teve um derrame cerebral e o governo entrou num período de anarquia, Portella chegou a dormir no Palácio das Laranjeiras com um revólver debaixo do travesseiro.

Militar da velha geração de conspiradores dos anos 50 e 60, viu-se relegado a postos secundários, nos quais se movia contra o governo. O general Orlando Geisel, ministro do Exército do governo Medici, chegou a passar-lhe pessoalmente uma repreensão pública por isso. No dia 10 de outubro de 1977 instalou-se em Brasília para apoiar a candidatura do então ministro do Exército, Sylvio Frota, à sucessão do presidente Geisel. Dois dias depois Frota foi demitido pelo presidente Ernesto Geisel. Nasceu no dia 11 de julho de 1911.

Durante a crise política que dividiu a Arena, partido do governo com maioria na Câmara dos Deputados, após a votação que decidiu em favor do deputado Moreira Alves, Portella foi o maior colaborador de Costa e Silva. Apaziguava os militares mais intolerantes, desestimulando as tentativas de golpe. Deixou o livro de memórias A Revolução e o Governo Costa e Silva. Portella morreu dia 4 de outubro de 1984, aos 73 anos, de câncer na próstata, em Brasília.

(Fonte: Veja, 10 de outubro, 1984 – Edição n° 840 – Datas– Pág; 94)

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