János Kádár, líder comunista da Hungria que governou seu país durante 32 anos, entre 1956 e 1988.

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János Kádár, líder comunista da Hungria que governou seu país durante 32 anos, entre 1956 e 1988. Em maio de 1988, foi afastado do poder no bojo de uma reforma liberalizante no regime socialista húngaro. Kádár assumiu o governo em 1956, depois que tanques soviéticos invadiram a Hungria e sufocaram um movimento popular que exigia a democratização do país, no mesmo ano em Fidel Castro desembarcava em Cuba para depor o ditador Fulgencio Batista e no mesmo ano em que o líder soviético Nikita Kruchev denunciava a barbárie do período stalinista. Kádár depôs o primeiro-ministro húngaro, Imre Nagy – líder da rebelião e seu ex-aliado -, e mandou matá-lo dois anos mais tarde. A gestão de mais de três décadas de Kádár à frente do governo húngaro foi uma das mais abertas no Leste Europeu.

A máquina burocrática do país foi reformada, e, nos anos 70, a Hungria assistiu a um surto de desenvolvimento. Os ventos da glasnost que sopravam da União Soviética, a partir de 1985, abalaram a liderança de Kádár, até que ele foi apeado do poder, em 1988. Desde então, o fantasma do líder assassinado Imre Nagy começou a assombrá-lo. Em junho de 1989, o corpo de Nagy foi exumado e enterrado com honras de chefe de Estado. “A tragédia de Nagy é a minha tragédia”, disse Kádár poucas semanas antes de morrer. Kádár morreu dia 6 de julho de 1989, aos 77 anos, de pneumonia, em Budapeste.

(Fonte: Veja, 12 de julho, 1989 – Edição n° 1087 – DATAS – Pág; 95)

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