J. Lee Thompson, cineasta, diretor de mais de cinquenta filmes, entre eles “Os Canhões de Navarone”

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Diretor de Os Canhões de Navarone (1961)

 

John Lee Thompson (Bristol, 1º de agosto de 1914 – Sooke, Canadá, 30 de agosto de 2002), cineasta inglês, tido como burocrático e sem personalidade, diretor de mais de cinquenta filmes, entre eles “Os Canhões de Navarone” e dois episódios da série Planeta dos Macacos.

O diretor britânico J. Lee Thompson, conhecido pelo drama de guerra “Os Canhões de Navarone” e pelo original “Cabo do Medo”, dirigiu Gregory Peck em quatro filmes e Charles Bronson em nove.

Em uma carreia de mais de quatro décadas, iniciada em 1950, Thompson dirigiu mais de 50 filmes, construindo sua reputação na Europa com um trabalho de vários prêmios no circuito de festivais de filmes, antes de se mudar para Hollywood no início dos anos 60.

Seu drama sobre a Segunda Guerra Mundial, “Canhões de Navarone”, de 1961, estrelado por Gregory Peck, David Niven, Anthony Quinn e Anthony Quayle (1913-1989), o estabeleceu como diretor de filmes americanos A e lhe rendeu uma indicação ao Oscar como melhor diretor.

John Lee Thompson morreu no dia 30 de agosto de 2002, aos 88 anos, de ataque cardíaco, em sua casa de verão em Sooke, na ilha de Vancouver, na Columbia Britânica (Canadá), disse um antigo amigo e o produtor Pancho Kohner.

(Fonte: Veja, 11 de setembro de 2002 – ANO 35 – N.° 36 – Edição 1768 – DATAS – Pág; 86/87)

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/162/aconteceu – ACONTECEU / por Mariana Kalil – 09/09/2002)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/folha/reuters – NOTÍCIAS / da Reuters, em Los Angeles – 04/09/2002)

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A Conquista do Planeta dos Macacos
Este filme é sequência direta do engraçado e trágico A Fuga do Planeta dos Macacos (Don Taylor, 1971), e leva a saga dos símios evoluídos para um patamar apocalíptico que reaproxima um pouco a série de seus primórdios futuristas, apesar da radical mudança de tom. Presença obrigatória dentro do elenco, Roddy McDowall reaparece como o elo de ligação entre o passado e o futuro num conto obscuro, com os mesmos contornos pessimistas que marcaram os melhores momentos dos filmes anteriores.

A história se passa 20 anos após os eventos mostrados ao final do capítulo anterior, mais precisamente no ano de 1991. Devido a uma praga que dizimou cães e gatos da face da Terra, a humanidade passou a utilizar como animais de estimação chimpanzés e gorilas. Graças à sua excepcional capacidade de aprendizado, os símios passaram a fazer pequenas tarefas para as pessoas, sendo depois de algum tempo sistematicamente escravizados e brutalizados.

É nesse cenário de opressão aos macacos que o dono de circo Armando (Ricardo Montalban) retorna a uma grande capital com seu show, fazendo propaganda nas ruas em companhia de Caesar (Roddy McDowall), o macaco inteligente filho de Zira e Cornelius. As coisas saem do controle assim que Armando é preso, e Caesar é obrigado a se virar sozinho nas mãos dos escravagistas humanos, que são liderados pelo impiedoso governador Breck (Don Murray). A revolta de Caesar aumenta à medida em que ele presencia os maus-tratos contra os de sua espécie, o que inevitavelmente conduzirá toda a sociedade a uma condição de confronto.

Uma das coisas que acabam tirando o ar de surpresa do filme é o seu status de ponte histórica entre o futuro (os dois primeiros longas) e o passado (o terceiro longa). Antes mesmo do filme começar já temos uma idéia de como ele deverá terminar, e as novidades ficam mesmo por conta de como se desdobrará a mudança na índole do personagem Caesar, um chimpanzé benevolente graças à criação de Armando, mas obrigado a ser transformar num líder implacável quando colocado sozinho diante de um mundo que deseja exterminá-lo sumariamente. Os personagens simpáticos são aqui reduzidos ao mínimo. Além de Armando, o único que se sensibiliza com a causa de Caesar é o conselheiro do governo feito pelo ator negro Hari Rhodes, por motivos mais do que óbvios.

Portanto, dentro da esfera da crítica social, A Conquista do Planeta não passa de uma releitura do conceito e das conseqüências da escravidão, retratados através da já antecipada repressão dos humanos contra os macacos. Profetizada no filme anterior com muita propriedade por Cornelius, a primeira revolta dos símios é liderada e levada a cabo por seu filho renegado.

Ambos os papéis são feitos por Roddy McDowall, cujo carisma é bem mais evidente em seu desempenho como Caesar. A representação do futuro próximo é econômica, obviamente devido ao baixo orçamento do filme, mas ela é correta e sabiamente não toma liberdades criativas demais. Praticamente toda a ação se concentra em torno do terrível campo de concentração onde macacos são treinados, maltratados e leiloados como se estivessem numa linha de produção.

O capítulo final do embate entre humanos e macacos ocorre em A Batalha do Planeta dos Macacos, dirigido pelo mesmo J. Lee Thompson em 1973.

(Fonte: www.kollision.biz)

(Fonte: Veja, 11 de setembro de 2002 – ANO 35 – Nº 36 – Edição 1768 – DATAS – Pág: 86)

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