Herbert Bayer, artista gráfico, ilustrador, diretor de arte, fotógrafo e docente na Bauhaus.

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Bauhaus: o impulso decisivo para o Modernismo do século XX

Herbert Bayer (Áustria, 5 de abril de 1900 – Califórnia, 30 de setembro de 1985), artista gráfico, ilustrador, diretor de arte, fotógrafo, infografista, docente na Bauhaus, pioneiro do Modernismo no design europeu e norte-americano.

Herbert Bayer nasceu na Áustria. Foi estudante da Bauhaus de 1921 até 1923, onde estudou sob a direção de Kandinsky e Moholy-Nagy.

Em 1925, Walter Gropius, na sua função de diretor da Bauhaus, convidou-o a dirigir a Oficina de Tipografia e Publicidade; assim, Bayer passou a integrar o corpo docente da Bauhaus.

Bayer pensou poder superar os limites impostos pelo vai-vem das modas; para tal, subordinou o seu desenho de letras a leis supostamente “intemporais” e “objetivas”.

Um dos seus lemas era: Os problemas de estilo e da expressão individual deviam retroceder face à “pureza da geometria” e às exigências da funcionalidade.

Assim orientado, Herbert Bayer apresentou em 1925 o protótipo de uma letra reduzida às formas geométricas mais elementares – linha, circumferência.

Bayer justificou a sua proposta: “a tipização dos elementos da letra, tendo por base o quadrado, a circunferência e o triângulo reduz o consumo de material tipográfico.”

Este método culminou numa tipografia cujas formas fossem tão elementares, que pudessem atingir uma validade “universal”.

No tipo “universal”, que Bayer apresentou em 1925 com o nome «sturm blond», a redução foi extrema. A orientação que adoptara – uso exclusivo de letras minuscúlas, formas da geometria elementar, redução ao mais simples, universalidade – foi em breve seguido por outros artistas gráficos.

Jan Tschichold desenvolveu entre 1926 e 1929 outro alfabeto com o nome “universal”; também ele optou por eliminar as maiúsculas.

Na época da Bauhaus Herbert Bayer era um «radical de salão», como era uso dizer-se. Era da opinião que a cultura era “artificial”, enquanto a ciência e o raciocínio seriam “puros”.

Em consequência, deduzia que as formas de letras simples e geométricas iriam ter um efeito benéfico na sociedade – porque assim, a sociedade não teria que se induzir em ilusões e não teria que usar estilizações aristocráticas e elitistas.

Os protagonistas da universal typographie pensavam que os novos sistemas de glifos deviam ser “nus” – nus como uma máquina, livre de embelezamentos, livre de qualquer ideologia da cultura. Apesar de Herbert Bayer advogar essa linguagem visual “nua”, também se mostrou apto a trabalhar de forma mais refinada.

Em 1928, Bayer deixou a Bauhaus para seguir uma carreira de designer freelance.

Desmobilizou o seu rigor e purismo, para poder vender o seu trabalho.

Em 1933, a Fundição Berthold encomendou-lhe uma tipografia para uso comercial.

Para esta encomenda, Bayer apresentou a sua sturm blond, mas numa variante já “vestida”, ou seja: com serifas, e bastante condensada.

Houve poucos clientes do exterior interessados no design moderno e na tipografia feitos na escola Bauhaus. O sucesso comercial das ideias e dos protótipos da Bauhaus – se é que houve um tal sucesso – só começou a esboçar-se no fim dos anos 20.

Esta aceitação aumentou nos primeiros anos da década de 30 – para ser brutalmente interrompida pela barbárie nazi. Uma excepção foi a revista die neue linie.

Herbert Bayer foi diretor artístico da revista feminina Harper”s Bazaar no final da década de 1920-1930.

Trabalhou também para a revista Fortune, nos EUA, realizando excelentes ilustrações e infografias.

Bayer trabalhou com Walter Gropius em Berlin, onde tinha o seu atelier após ter saído de Dessau.

Josef Albers, outro docente da Bauhaus, emigrou para os E.U.A. já em 1933; Herbert Bayer chegou a Nova York em 1938, para finalizar os preparativos da exposição Bauhaus 1919-1928.

Bayer desenhou a exposição no MOMA a e realizou o catálogo. Este evento lançou as bases da energia vanguardista que impulsionou o design norte-americano a partir dos anos 40.

Nos EUA foi consultor da empresa J. Walter Thompson e da Dorland International. A partir de 1946 esteve ativo como professor no Aspen Institute Colorado.

Herbert Bayer, depois de trabalhar ainda longos 30 anos como artista plástico e gráfico nos EUA, fez o legado da sua obra ao Denver Art Museum.

(Fonte: http://tipografos.net/bauhaus/bayer – Março de 2011)
(Fonte: Veja, 16 de março de 1994 – Ano 27 – N° 11 – Edição 1331 – FOTOGRAFIA/ Por Virginie Leite – Pág; 124/125)

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