Heloisa Jahn, escritora, tradutora e editora de livros, ficou conhecida por seus projetos gráficos e traduções de Charles Dickens, Jorge Luis Borges e George Orwell

0
Powered by Rock Convert

Heloisa Jahn, foi uma das principais tradutoras do país

Tradutora de Borges e Dickens

A escritora, tradutora e editora de livros, ficou conhecida por seus projetos gráficos e traduções de Charles Dickens, Jorge Luis Borges e George Orwell

 

Heloisa Jahn, tradutora e editora, foi uma das mais reconhecidas profissionais de seu campo no país, foi um farol para gerações de tradutores brasileiros. Nasceu no Rio de Janeiro e cresceu em Montenegro e Porto Alegre. Viveu vários anos fora do Brasil. Desde 1985, mora em São Paulo.

 

Carioca criada no Rio Grande do Sul e radicada desde 1985 em São Paulo, onde cursou filosofia na USP, Jahn era uma das principais tradutoras do país, trabalhando com autores de língua espanhola, inglesa, dinamarquesa e francesa. Entre outros escritores clássicos, traduziu Jorge Luis Borges, Charles Dickens, George Orwell, Hans Christian Andersen. Recentemente, traduziu duas poetas: a uruguaia Ida Vitale e a americana Louise Glück (vencedora do Nobel de Literatura).

 

Exilada na Europa durante a ditadura militar nos anos 1970, fez amizade com o escritor Julio Cortázar e manteve uma correspondência com o escritor, que ela traduziria mais tarde.

Jahn também fez uma carreira importante como editora em casas como Brasiliense, Companhia das Letras e Cosac Naify. Participou do início da carreira de autores como Reinaldo Moraes, Paulo Leminski, Ana Cristina Cesar e Caio Fernando Abreu Estevão Azevedo e Angélica Freitas.

Jahn tinha no currículo a tradução de nomes basilares da literatura em espanhol, como Jorge Luis Borges, Mario Vargas Llosa, Ricardo Piglia e Julio Cortázar, de quem foi amiga.

Mudou-se para São Paulo na década de 1960 para cursar filosofia na Universidade de São Paulo. Estudante e ativa na vida intelectual, ela, como tantos companheiros da época, conheceu o exílio por causa da ditadura. Viveu em Paris em boa parte da década de 1970 e lá aperfeiçoou as habilidades com idiomas. Como tradutora, foi uma das profissionais que abrilhantaram o time da extinta Brasiliense, de Caio Prado Júnior (1907-1990).

Jahn passou pelas principais casas editoriais do País, como a também extinta Cosac & Naïfy, referência nos projetos gráficos e traduções feitas a partir da língua original. Na Companhia das Letras, ela traduziu obras de Gore Vidal (1925-2012), Ricardo Piglia (1941-2017), Jorge Luis Borges (1899-1986), George Orwell (1903-1950), Charles Dickens (1812-1870) e grande elenco.

 

Do inglês, traduziu romances de clássicos como George Orwell e Charles Dickens e acabou de publicar uma versão bilíngue dos poemas de Louise Glück, vencedora do Nobel de literatura.

Gaúcha nascida em Montenegro, a tradutora passou boa parte da juventude no seu estado natal e se mudou para São Paulo aos 20 anos, para cursar filosofia na Universidade de São Paulo.

 

Na década seguinte, durante a ditadura militar, foi detida e interrogada e decidiu se exilar em Paris de 1970 a 1977, onde afiou suas habilidades com diversos idiomas.

 

Voltou a São Paulo em 1985 e trabalhou pelos quase 40 anos seguintes em editoras de proa como Brasiliense, Companhia das Letras e Cosac Naify, até o ano de encerramento da editora. Depois, se aposentou e passou a se dedicar sobretudo à tradução.

No último ano, Jahn mantinha uma coluna mensal no site da livraria Megafauna, seu último texto, publicado no dia 9 de junho, é sobre a seleta de contos do escritor Marcelino Freire.

Carioca, ela cresceu no sul do Brasil, na pacata Montenegro e também na capital Porto Alegre.
Heloisa Jahn faleceu em sua casa, nesta segunda-feira, 27 de junho de 2022, aos 74 anos em sua casa em São Paulo, cidade onde era radicada desde 1985.

“Se você é leitor ou leitora de livros, a Heloisa Jahn faz parte da sua vida”, escreveu o editor André Conti, da Todavia, em seu Instagram. “Ela descobriu algum autor que você admira. Ela traduziu algum livro que foi importante para você. Um dos seus poemas favoritos também foi traduzido por ela. Algum livro infantil que suas crianças amam. Alguma frase que você carrega foi editada por ela, com a caneta firme de quem conhecia o ofício como poucos. Trabalhar ao lado dela foi um privilégio que, pelo menos, tive muitas oportunidades para agradecer”.

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – NOTÍCIAS / BRASIL / por WALTER PORTO / (FOLHAPRESS) – Folha de S.Paulo / SÃO PAULO,SP – 27/06/2022)

(Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/diversao-e-arte/2022/06 – DIVERSÃO E ARTE / por Agência Estado – 27/06/2022)

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2022/06 – CULTURA / NOTÍCIA – 27/06/2022)

© 1996 – 2022. Todos direitos reservados a Editora Globo S/A.

Powered by Rock Convert
Share.