Hélio Beltrão, ex-ministro que ocupou a Pasta do Planejamento no governo Costa e Silva

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Ministro de três pastas no regime militar (1964-1985)

Hélio Marcos Pena Beltrão (Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1916 – Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1997), ex-ministro que ocupou a Pasta do Planejamento no governo Costa e Silva e da Desburocratização no governo Figueiredo.

Ministro de três pastas no regime militar (1964-1985), Helio Beltrão ocupou três ministérios durante o regime militar e conduziu processo de desburocratização

Trajetória 
O advogado, economista e mestre em direito, Helio Marcos Pena Beltrão nasceu em 15 de outubro de 1916, no Rio de Janeiro.

Durante o governo de Carlos Lacerda, no então Estado da Guanabara (1960-1965), foi secretário do Interior e do Planejamento.

Foi encarregado de realizar a reforma administrativa no governo de Humberto de Alencar Castello Branco (1964-1967) e criou a Secretaria de Planejamento e secretarias gerais em cada um dos ministérios, com o objetivo de desburocratizar o serviço público.

De 1967 a 1969, foi ministro do Planejamento do governo do general Costa e Silva. Em dezembro de 1968, foi um dos signatários do Ato Institucional nº 5, que permitiu a cassação de parlamentares e a suspensão de direitos políticos.
No governo João Baptista Figueiredo (1979-1985), foi ministro extraordinário para a Desburocratização, de 1979 a 1983, e ministro da Previdência, de 1982 a 1983.

No projeto contra a burocracia, tornou-se figura popular devido à sátira ao governo, que, para desburocratizar, criou mais cargos.

A reforma dispensou a apresentação, em órgãos federais, de atestados de vida e residência, de pobreza, de idoneidade moral e de bons antecedentes. Parte da burocracia foi depois reintroduzida.

No governo Sarney (1985-1990), o primeiro civil desde o movimento militar de 1964, Beltrão presidiu a Petrobrás de 1985 a 1986. Antes da doença, dirigia empresas da família, integrando o conselho do grupo Ultra.

Durante seis meses ele lutou contra um tumor maligno no cérebro.

Morreu no dia 26 de outubro de 1997, aos 81 anos, de complicações respiratórias, provocada por tratamento contra um tumor no cérebro, no Rio de Janeiro.

No começo do ano, Beltrão começou a sentir tonturas. Em abril, uma tomografia constatou a presença de um tumor no seu cérebro.
Combatido com radioterapia, o tumor diminuiu de tamanho em 70%, mas depois voltou a crescer.
O tratamento provocou dificuldades respiratórias e circulatórias no ex-ministro, que também sofria de problemas cardíacos -ele tinha três pontes no coração.
Há meses, Helio Beltrão só se locomovia de cadeira de rodas. Há semanas, passava muito tempo sem reconhecer pessoas.
Ele morreu ontem às 10h45, acompanhado de médicos e parentes em seu apartamento, em Ipanema (zona sul).
“Ele continuava otimista, torcendo para o Brasil, com esperança de que o real melhorasse a vida das pessoas”, disse sua filha Cristiane, 28, administradora de empresas. Beltrão deixou mais dois filhos: o engenheiro Helio, 30, e a jornalista Maria, 26, apresentadora da Globo News. Ele era casado com a arqueóloga Maria Beltrão.

(Fonte: Veja, 5 de novembro de 1997 – Edição 1520 -– Datas –- Pág; 123)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc271010 – PERSONALIDADE/ da Sucursal do Rio – (MÁRIO MAGALHÃES) – Colaborou Claudia Rossi, do Banco de Dados – FOLHA DE S. PAULO – BRASIL – 27 de outubro de 1997)

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