Gravou o primeiro sucesso nacional de uma música gauchesca

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Foi o primeiro artista típico gaúcho a alcançar fama nacional

O grande catarinense Pedro Raimundo

O grande catarinense Pedro Raimundo

Pedro Raymundo (Imaruí (SC) em 29 de junho de 1906 – Rio de Janeiro (RJ), 9 de julho de 1973), autor de músicas regionalistas de vários ritmos – rancheiras e xotes, mas também sambas e chorinhos – antecipou-se a Teixeirinha e ao Conjunto Farroupilha para levar o som regional ao centro e ao norte do país.

Com sete anos,  Pedro Raymundo ia assistir à banda Amor à Ordem, da cidade catarinense de Imaruí, e voltava correndo para casa onde tentava tocar na gaita de oito baixos as músicas que vira a banda tocar.

Casado desde 1926, morou em Lauro Muller, Blumenau e Laguna (SC), fixando-se em Porto Alegre (RS) em 1929. Na capital gaúcha foi condutor de bondes e inspetor de tráfego, tocando sanfona em cafés do Mercado, nas horas de folga.

Aquele menino louco por música se imortalizaria, 30 anos depois, como autor daquela que é até hoje a mais gaúcha das músicas de um catarinense: Adeus, Mariana.

O êxito dessa composição, gravada no Rio de Janeiro em 1944, se transformou no primeiro sucesso nacional de uma música gauchesca.

Em 1939 foi chamado a trabalhar na Rádio Farroupilha, de Porto Alegre, onde organizou o Quarteto dos Tauras. Em 1942 excursionou pelo interior do Rio Grande do Sul e no ano seguinte foi ao Rio de Janeiro, onde se apresentou no Show Muraro, da Rádio Mayrink Veiga, e em programas da Rádio Tupi.

Em seguida Almirante o levou para a Rádio Nacional. Contratado pela emissora, transferiu-se definitivamente para o Rio de Janeiro, lançando ainda em 1943, pela Columbia, seu primeiro disco, com o choro Tico-tico no terreiro e o xótis Adeus Mariana (ambos de sua autoria).

Sua descontração e exuberância valeram-lhe o slogan de O gaúcho alegre do rádio: alternava, em suas apresentações, músicas alegres com outras sentimentais. . Apresentava-se com bombachas, lenço no pescoço, botas, esporas, chapéu e guaiaca. Percebendo a aceitação do seu traje regional, Luiz Gonzaga sentiu-se estimulado a apresentar-se como sertanejo nordestino.

Atuou nos filmes Uma luz na estrada, de Alberto Pieralise, em 1949, e Natureza gaúcha, de Rafael Mancini, em 1958.

Nascido em Imaruí (a mesma cidade catarinense que Giuseppe Garibaldi tomou e saqueou em 1839), em 29 de junho de 1906. Pedro Raymundo faleceu de câncer no Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro, em 9 de julho de 1973.

(Fonte: http://cifrantiga3.blogspot.com.br/2006/04/pedro-raimundo – Postado por Everaldo José dos Santos – 4/14/2006)

(Fonte: Zero Hora – ANO 43 – Nº 14.911 – 24 de junho de 2006 – Almanaque Gaúcho/ Por Olyr Zavaschi – TÚNEL DO TEMPO – Pág: 42)

Colaboração de Israel Lopes, de São Borja (RS), co-autor, com Vitor Minas, do livro Pedro Raymundo (Editora Tchê) 

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