Graciliano Ramos, escritor alagoano um dos grandes da literatura nacional.

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Graciliano Ramos, um homem de caneta áspera e feroz, um dos gênios da literatura brasileira.

Escritor alagoano, Graciliano Ramos é um dos maiores nomes da literatura nacional

Graciliano Ramos (Quebrangulo, 27 de outubro de 1892 – Rio de Janeiro, 20 de março de 1953), escritor alagoano um dos grandes da literatura nacional. Autor de Vidas Secas, São Bernardo e Angústia.

Graciliano não criou a temática da seca; ele criou um estilo de falar sobre ela. Esse estilo era, em semelhança ao assunto preferido, seco. Ele tinha uma grande capacidade de dizer muito com poucas palavras, enxugando as frases ao máximo.

As obras de Graciliano eram mais amplas e, no fundo, versavam sobre o ser humano e suas limitações. Com isso, sua literatura era universal, fugindo da regionalidade que cercam obras de temática semelhante.

Graciliano Ramos, aponta a universalidade como uma das principais características suas: A partir de uma regionalidade, a escrita de Graciliano se torna universal.

Os temas abordados pelo autor são muito atuais, ponderando sobre a opressão aos trabalhadores e a problemática dos grandes latifúndios. Graciliano mostrou que o problema da seca não é só climático, mas de poder; alguns se beneficiam dela.

Graciliano destaca outras produções literárias que podem ser admiradas além dos principais romances, como crônicas, contos e relatórios políticos – Graciliano foi um influente político de esquerda, inclusive sendo preso pelo governo de Getúlio Vargas em uma reação à Intentona Comunista de 1935. Prefeito de Palmeira dos Índios (AL) entre 1928 e 1930, já dava indícios da veia artística: em documento de prestação de contas ao governo estadual, escreveu, com tom irônico, sobre a iluminação municipal.

“A prefeitura foi intrujada quando, em 1920, aqui se firmou um contrato para o fornecimento de luz. Apesar de ser o negócio referente à claridade, julgo que assinaram aquilo às escuras. É um bluff. Pagamos até a luz que a lua nos dá.”

Graciliano Ramos

Trecho de relatório produzido enquanto prefeito de Palmeira dos Índios

A obra do alagoano mais frequentemente procurada é Vidas Secas. Tem uma profunda penetração psicológica das personagens.

A história apresenta uma família de retirantes do sertão brasileiro vivendo em condições sub-humanas, enfrentando a seca e a fome. É nesse quadro de dificuldades combatido pelas personagens que Graciliano consegue desnudá-las psicologicamente.

Outro fator importante da obra: o aprofundamento da figura do sertanejo foi, para a época (o livro foi publicado originalmente em 1938), algo ousado, pois o homem do sertão era, até então, um “ser inferior” em relação aos homens dos grandes centros urbanos. Dar tamanha importância aos seus sentimentos foi um considerável avanço proporcionado por Graciliano.

São Bernardo também é apontado pelos especialistas como um forte candidato a aparecer na lista dos mais procurados.

Além das características gerais do autor, essa obra “mostra o que o poder é capaz de fazer com as pessoas”, abordando questões como coronelismo, poder patriarcal e a mulher e seu lugar na sociedade.

São Bernardo faz um forte questionamento social e psicológico, escancarando as desigualdades da sociedade brasileira e nordestina a partir de um “relato confessional”: após o suicídio da esposa Madalena, o personagem principal, Paulo Honório, faz um registro autobiográfico da história de sua ascensão a dono da Fazenda São Bernardo, dos seus problemas conjugais e da dureza da vida no sertão.

(Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/vestibular – NOTÍCIAS – EDUCAÇÃO – VESTIBULAR – 20 de Março de 2013)

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