Givaldo Siqueira, ex-dirigente com mais de meio século de militância no Partido Comunista Brasileiro

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Foi dirigente da Executiva Nacional do Partido Popular Socialista.

Givaldo Siqueira (Serra Talhada, Pernambuco, 22 de dezembro de 1934 – Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2013), advogado e ex-dirigente pernambucano com mais de meio século de militância no Partido Comunista Brasileiro.

O advogado Givaldo Siqueira foi também secretário de Comunicação do PPS e fez parte do quadro histórico do Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Nascido em Serra Talhada, no sertão pernambucano, no dia 22 de dezembro de 1934, ainda garoto foi para o Rio de Janeiro, para onde se transferiram seus pais. Na então capital da República, foi ganho para as ideias marxistas e logo iniciou sua militância nas fileiras do PCB, revelando sua inteligência e sua capacidade de organização.

Aluno da Faculdade Nacional de Direito e um dos líderes da União da Juventude Comunista, foi um dos organizadores da delegação brasileira ao Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, realizado em julho de 1954, em Viena, Áustria. No final dos anos 1950, articulava-se com a intelectualidade jovem que girava em torno do Centro Popular de Cultura, da União Nacional dos Estudantes.

No pleito de 1962, foi um dos coordenadores da campanha eleitoral vitoriosa do PCB no então Estado da Guanabara, a qual elegeu deputado federal Marco Antônio Coelho, pela legenda PSD-PST. E, em julho de 1963, foi um dos articuladores da aliança PCB-AP (Ação Popular) que levou o jovem estudante de Economia da USP José Serra à presidência da UNE.

Com o Golpe de 1964, foi demitido do seu emprego na área de comunicação na Petrobrás, e como tantos outros dirigentes comunistas, enfrentou a violência policial-militar, atuando na mais rigorosa clandestinidade. Sua dedicação e sua rica contribuição tiveram o reconhecimento maior, em 1967, quando do histórico VI Congresso do PCB, ocasião em que foi eleito para o Comitê Central.

Nos anos 1970, assim como outros companheiros, foi obrigado ao exílio europeu, sobretudo em Milão, na Itália. Com a anistia, retornou ao Brasil, e, em 1980, elegeram-no para a Comissão Executiva Nacional, na qual foi mantido até sua morte.

Cabeça política privilegiada, antenado com a realidade e rico formulador de ideias e propostas, sempre foi uma referência no que dizia respeito a enfrentar conjunturas complexas e delicadas.

Diante do sentimento de carência e ausência que nos invade a todos, na descoberta de que já não poderemos mais contar com a presença dinâmica desse companheiro de lutas e de ideais, vamos nos esforçar para que, nos instantes de recordação e ânimo, levemos adiante a luta a que ele se dedicou por inteiro, por toda a sua vida.

Givaldo Siqueira faleceu em 26 de setembro de 2013, aos 79 anos, vítima de um câncer, no Rio de Janeiro.

(Fonte: http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2013/09 – 26 de setembro de 2013)
Deputado Roberto Freire /Presidente nacional do PPS

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