Georges Charpak, pesquisador francês, agraciado com o Prêmio Nobel de Física

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Autor de oito livros entre 1993 e 2008, o desarmamento nuclear também foi outro de seus compromissos de vida.

Georges Charpak

Georges Charpak

Georges Charpak (Dabrovica, 8 de março de 1924 – Paris, 29 de setembro de 2010) , pesquisador francês nascido na Polônia. Inventou um detector capaz de analisar com precisão o movimento de partículas subatômicas. Charpak, esteve preso em campos de concentração durante a II Guerra Mundial, trabalha no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares, em Genebra.

Charpak nasceu em 8 de março de 1924 em um gueto judeu do leste da Polônia, e chegou à França aos 7 anos de idade.

Militante antifascista aos 15 anos, Charpak negou-se a usar a discriminatória estrela amarela em 1941, em uma França dirigida pelo regime de Vichy que colaborava com os nazistas. Depois de obter documentos falsos, conseguiu somar-se à resistência contra o ocupante alemão, mas foi detido e deportado para o campo de concentração de Dachau.

Depois da guerra e de obter o título de engenheiro, voltou-se para a pesquisa científica e entrou para a Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN) de Genebra.

Em 1992, a Academia de Ciências da Suécia o premiou por “sua invenção e desenvolvimento de detectores de partículas, em especial a câmara proporcional multifio”, criada em 1968.

Inspirando-se em seu colega Leon Lederman, do Fermi Nacional Accelerator Laboratory (FERMILAB), localizado perto de Chicago, e especializado na física as partículas nas altas energias, Charpak lançou em 1996 a associação “Com as mãos na massa” para renovar o ensino científico junto às crianças, como a Academia de Ciências que inaugurou em Bogotá, com filiais no Brasil, México, Chile, Afeganistão, Eslováquia e Marrocos.

Seu invento permite a emissão de raios X com baixas doses de radiação. Charpak foi agraciado com o Prêmio Nobel de Física pelo invento, dia 14 de outubro de 1992, aos 68 anos, em Estocolmo.

O francês cientista judeu Georges Charpak, prêmio Nobel de Física de 1992, conhecido principalmente por seus trabalhos sobre os detectores de partículas, nascido na Polônia, sobreviveu à sua deportação pelos nazistas ao campo de concentração de Dachau (Alemanha), e após a Segunda Guerra Mundial se naturalizou francês.

O físico tinha dado nome, em 1968, à chamada Câmara de Charpak, um detector que permite reconstituir a trajetória de uma partícula elementar.

Sua carreira científica na França foi iniciada no Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, sigla em francês), que integrou em 1948. Dez anos mais tarde, entrou no Conselho Europeu para a Investigação Nuclear (CERN), em Genebra, onde concebeu os detectores de partículas que o fizeram conhecido no mundo da ciência.

Também era conhecido como militante pelo desarmamento nuclear, e tinha lançado diversas advertências sobre os riscos derivados da cada vez maior disseminação da tecnologia da bomba atômica no mundo.

Georges Charpak faleceu em Paris, aos 86 anos, dia 29 de setembro de 2010.

Sua última intervenção pública data de agosto, com um artigo no jornal “Libération”, no qual se pronunciava claramente a favor do abandono do projeto internacional para construir o reator experimental de fusão nuclear ITER, previsto no sudeste da França, considerado por ele excessivamente caro e inútil do ponto de vista científico.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, mostrou seu pesar pela morte do físico, e destacou seu caráter de “homem comprometido, resistente, combatente incansável do saber e do progresso”.

Em comunicado, o Governo francês afirmou que o país “presta homenagem a este grande humanista cuja vida e cujo compromisso são um exemplo para a França e para sua juventude”.

(Fonte: Veja, 21 de outubro de 1992 -– Edição 1258 –- Datas -– Pág; 112)

(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/09 – MUNDO – Agencia EFE – Paris (EFE).- 30/09/2010)

(Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2010/09/30 – Notícias – Ciência e Saúde – 30/09/2010)

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