Gabriel Marcel, filósofo, autor de teatro e romancista francês de (“Diário Metafísico”, “Ser e Ter”

Marcel: cristão socrático

Gabriel Marcel (Paris, 7 de dezembro de 1889 – Paris, 8 de outubro de 1973), filósofo, autor de teatro e romancista francês de (“Diário Metafísico”, “Ser e Ter”, “Os Homens contra o Humano”), que sempre repeliu sua classificação como “existencialista cristão”, dizendo-se “um socrático cristão”, filho de um diplomata protestante e de uma moça da sociedade de origem judia, estudou filosofia na Sorbonne. Na Primeira Guerra Mundial serviu na Cruz Vermelha e, depois, tornou-se leitor de originais em editoras e crítico de teatro. Em 1927 funda em Paris o Jornal Metafísico onde expõe suas ideias e posições.

Neste jornal Marcel descreve sua trajetória filosófica de 1913 a 1923. Em 1929, aos 40 anos, influenciado pelas obras do filósofo dinamarquês Sören Kierkegaard sobre a angústia existencial, converteu-se ao catolicismo e foi batizado. Em seus escritos filosóficos, discutiu as relações do homem consigo mesmo, com os outros e com Deus; Todo sobrenatural é mistério mas nem todo mistério é sobrenatural. Marcel afirma que só os mistérios interessam à filosofia e estão fora do alcance do conhecimento objetivo. Como autor de teatro e romancista, seus personagens (“A Capela Ardente”, “A Divagação Póstuma”) encarnavam suas teses filosófocas. Marcel faleceu dia 8 de outubro de 1973, aos 83 anos, de edema pulmonar, em Paris.

(Fonte: Veja, 17 de outubro, 1973 – Edição 267 – DATAS – Pág; 16)