Felix Bloch, professor emérito de física na Universidade de Stanford e vencedor do Prêmio Nobel de Física, foi o primeiro diretor-geral da Comissão Europeia para Pesquisa Nuclear

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FELIX BLOCH, PRÊMIO NOBEL PELO TRABALHO PIONEIRO EM FÍSICA

 

 

Felix Bloch (nasceu em Zurique, em 23 de outubro de 1905 – faleceu em Zurique, em 10 de setembro de 1983), era professor emérito de física na Universidade de Stanford e vencedor do Prêmio Nobel de Física.

O Dr. Bloch dividiu o prêmio de física em 1952 com Edward Mills Purcell (1912-1997), da Universidade de Harvard, pelo estudo da ressonância magnética nuclear, a tendência do núcleo dos átomos de vibrar quando colocado em um forte campo magnético e sondado com ondas de rádio. Usado por físicos e químicos por décadas como uma ferramenta para analisar o comportamento de grandes moléculas, surgiu recentemente como uma poderosa ferramenta de diagnóstico na medicina.

A descoberta levou à invenção de um dispositivo de diagnóstico usando ressonância magnética nuclear, ou NMR, para produzir imagens de tecido humano semelhantes àquelas feitas por tomografia axial computadorizada de raios X, ou CAT, scanners. Os novos aparelhos, já usados ​​em vários hospitais nos Estados Unidos e na Europa, são considerados mais seguros do que o tomógrafo porque não envolvem o uso de raios-X. Eles também produzem imagens mais sofisticadas.

Sinais de rádio medidos

As técnicas de ressonância magnética nuclear envolvem a medição das frequências dos sinais emitidos por núcleos atômicos sob a influência de um campo eletromagnético. O alinhamento dos prótons nos núcleos é perturbado pela introdução de sinais de rádio. Quando o sinal de rádio termina, os prótons voltam aos seus alinhamentos originais em diferentes taxas detectáveis ​​no sinal de rádio que cada um emite.

O Dr. Bloch começou a trabalhar com as técnicas de rádio que levaram à sua descoberta enquanto fazia pesquisas militares sobre radar no Laboratório de Pesquisa de Rádio da Universidade de Harvard em 1944. Suas pesquisas militares começaram em 1942, no laboratório de Los Alamos, Novo México, que fazia parte do Projeto Manhattan para desenvolver a bomba atômica.

Ele nasceu em Zurique em 1905. De acordo com os desejos de seu pai, um comerciante atacadista de grãos, ele se matriculou no Instituto Federal Suíço de Tecnologia para estudar engenharia. Mais tarde, ele mudou para a física e, em 1928, obteve o doutorado em física na Universidade de Leipzig. Ele lecionava lá quando decidiu emigrar para os Estados Unidos em 1933, quando Hitler chegou ao poder na Alemanha.

Membro da Academia Nacional

Em 1934, ele ingressou no corpo docente da Universidade de Stanford e mais tarde foi nomeado Professor Max H. Stern de Física. Em 1948 foi eleito para a Academia Nacional de Ciências. Ele se aposentou em 1971.

Em 1954 e 1955, o Dr. Bloch foi o primeiro diretor-geral da Comissão Europeia para Pesquisa Nuclear, um projeto de pesquisa nuclear em grande escala estabelecido em Genebra por 12 governos europeus. Em 1965, ele atuou como presidente da American Physical Society.

Ele também esteve envolvido em causas políticas, condenando a perseguição aos judeus na União Soviética e, como membro do American Professors for Peace in the Middle East, apoiando o reconhecimento de Israel como nação. Em 1966, ele foi um dos 22 estudiosos a assinar uma carta ao presidente Johnson pedindo a suspensão do uso de armas químicas e desfolhantes no Vietnã.

Felix Bloch faleceu no sábado 10 de setembro de 1983, após um ataque cardíaco em sua casa em Zurique. Ele tinha 77 anos.

O Dr. Bloch casou-se com Lore C. Marsh, também físico, em 1940. Entre os sobreviventes estão sua esposa; três filhos, George, Daniel e Frank; e uma filha, Ruth Hedy.
(FONTE: https://www.nytimes.com/1983/09/12/archives – New York Times/ ARQUIVOS/ Arquivos do New York Times / Por Christopher Wellisz – 12 de setembro de 1983)
Sobre o Arquivo
Esta é uma versão digitalizada de um artigo do arquivo impresso do The Times, antes do início da publicação online em 1996. Para preservar esses artigos como eles apareceram originalmente, o Times não os altera, edita ou atualiza.

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