“Eu invento tudo na minha pintura.” Tarsila do Amaral (1886-1973), autora de uma das imagens mais simbólicas do período: o quadro Abaporu (1928), considerado um dos marcos iniciais do Movimento Antropofágico

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O nome de Tarsila do Amaral (1886-1973) sempre estará associado à efervescência do modernismo brasileiro da década de 1920. Especialmente por ser ela a autora de uma das imagens mais simbólicas do período: o quadro Abaporu (1928), considerado um dos marcos iniciais do Movimento Antropofágico idealizado pelo segundo marido dela, o escritor Oswald de Andrade.

Filha de uma rica família do meio rural paulista, Tarsila conviveu desde cedo com a natureza e com a cultura. Em períodos de estudos na Europa, tomou contato com artistas vanguardistas, mas aderiu ao modernismo já de volta ao Brasil, em 1922. Durante uma viagem pelo interior do país, encontrou inspiração para sua fase Pau-Brasil, com obras em que cores e motivos tropicais são predominantes(“Eu invento tudo na minha pintura”), declarou a artista em entrevista de 1972. Mais adiante, ela pintaria Abaporu, hoje exposta no Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires (Malba).

Tarsila enfrentaria problemas mais adiante. A família perdeu o patrimônio com a crise de 1929, e a artista chegou a ser presa nos anos 1930 por suas opiniões esquerdistas. No âmbito familiar, mais perdas – a da neta, Beatriz, em 1949, e a da filha, Dulce, nos anos 1960. Mas a reputação artística se manteve, inclusive com exposições no Exterior.

(Fonte: Zero Hora – Frase do dia: Tarsila do Amaral / Postado por Luís Bissigo – 1º de setembro de 2012)

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